domingo, 8 de março de 2009

Feliz Dia Internacional Das Mulheres!


Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Essa obra-prima da Criação, cheia de graça, de feminilidade e sensibilidade que ajuda o homem a ser mais afetivo, intuições que muitas vezes dão certo, capacidade de trabalhar jornadas variadas, a maternidade, o amor pelos filhos, a entrega das vontades no cuidado da família, a inteligência emocional, a força para vencer situações difíceis com bravura, tudo isso, e mais, faz da mulher um ser muito especial. A menina, uma florzinha, bela, gentil, que alegra nossa vida. Jeitinho especial de ser, de gesticular, sorrir, brincar, encanta! Depois, a menina-moça, antes com inocência encantadora, hoje maculada por incentivos doentios da sensualidade precoce, ainda com graça encantadora! Um pé na infância, outro na adolescência, o corpo se molda para o de mulher, interesses se voltam para a estética, a menstruação chega e anuncia a marca endócrina da fêmea, ela cresce. Na adolescência, mais formas femininas, o afeto agora com interesse no sexo oposto, cria amizades, a turbulência das emoções, essa é a graça da filha adolescente. Início da vida adulta, pensa em casamento, estuda, trabalha, segue aguardando o desenrolar da história que pode levá-la ao lar e, assim, ser dona de casa, esposa, futura mãe, podendo procriar, lindas possibilidades na existência! Mesmo ficando solteira, a graça feminina, a capacidade profissional, a ajuda humana que pode dar, mostram a importância da vida da mulher adulta. Que beleza e delicadeza a grávida! Que maravilha do Criador ela gerar um bebê, cuidar-se para proteger a criaturinha em seu ventre e dar à luz um ser! Sublime etapa! Anos adiante, no sofrimento e alegria que todos temos, surge amadurecimento mais profundo, criando filhos e a hora de curtir os netos. Envelhecer é ruim, mas amadurecer é bom. Ela amadurece mais e chega à menopausa, um período normal do ciclo feminino, em que não mais precisa procriar. Na terceira idade, ela é muito útil e importante aconselhando os mais novos da família, apoiando-os, repreendendo-os. Finalmente, ela necessita ser cuidada por ter as forças desaparecendo, a visão, e a capacidade de trabalho diminuída. Ajude-a!

Mulher, pense no seguinte, talvez lhe ajude:


1. Crie sua filha curtindo a infância com menos coisas artificiais, menos shoppings, tv, vídeo-game, comida artificial e de origem animal, multi-cursos (inglês, espanhol, ginástica, música, judô, natação, ufa!!! E o tempo para ser criança e brincar?), sem superproteção, sem abandono afetivo, e com mais afeto bem combinado com disciplina, convívio com a natureza, leitura sadia, comida natural, sem apelo sensual com roupas que expõem indevidamente o corpo. Deixe-a ser criança não afetada pela má mídia favorecedora da precocidade sexual.


2. Crie a jovem sem incentivar namoro precoce, voltada para os estudos, controlando o que assiste na tv, o que lê e as companhias. Mantenha a afetividade com amor firme e limites. Filhos de lares ditatoriais têm problemas parecidos com os de lares liberais e não se tornam mais felizes quando fazem o que querem ou quando ganham tudo que pedem.


3. Não deixe a adolescente chegar qualquer hora, mesmo sendo boa aluna. Noite é para dormir. A melatonina é uma substância vital para o reparo do DNA, lesado de dia desde por poluição do ar até comida artificial; ela é produzida no corpo só durante a noite, com pico de liberação entre 2 e 3 da manhã, no escuro. Sua filha deve sair com quem você conhece e aprova, sabendo aonde vai, e cumprindo o horário de voltar. Não estimule o uso de roupas sensuais. Isso atrai rapazes para o corpo dela. Garotas confundem isso com afeto. Fale sobre a diferença entre amor e atração sexual e doenças sexualmente transmissíveis, mostrando que a solução não é a camisinha. Explique que não é “pagar mico” casar virgem, que sexo pré-marital não garante felicidade no casamento, nem afetiva, nem sexualmente. Namoro é secundário aos estudos, e é um tempo de conhecimento da pessoa e não de se deixar iludir com “ficar” e transar. Sexo é a parte mais fácil de qualquer relacionamento. O difícil é amar. Sua filha deve preservar o corpo dela.


4. Seja para sua filha um modelo de honestidade, sinceridade, fidelidade e autocontrole emocional. Não deprecie homens diante dela, ainda que tenha sofrido com ele(s). Evite dizer “homens são iguais, não valem nada”, por ter sido abusada por um mau caráter. Não é verdade para todos. Não jogue sua filha contra o pai dela, o marido dela, os filhos dela. Seja a melhor amiga de sua filha.


5. Avó, curta os netinhos. Você sabe que eles não têm que comer feijão todos os dias! Eles precisam muito de sua experiência de mãe que pode, agora, ser mais flexível.


6. Mulher, não perca a feminilidade num comportamento “bronco”, tipo “sargento”, que destrói a beleza da fêmea. Mantenha a delicadeza, mesmo tendo que ser firme. Não diga palavrão. Isso também tira a doçura feminina, é uma deseducação.Seja doce, firme, de princípios, honesta, fiel, sincera, que sabe colocar limites para não ser abusada por ninguém, que sabe dizer “desculpe, eu errei”. Não fique ranzinza e explosiva como esses políticos imaturos e sem autocontrole que saem no tapa no ambiente de trabalho. Você pode ser uma pessoa doce e saber proteger-se.


Feliz Dia das Mulheres!


(Cesar Vasconcellos de Souza, www.portalnatural.com.br)

Profetas e profecias, posso crer?



Aos alunos do ensino médio 3º ano A e B.










1 - Ler o texto e fazer uma resenha do mesmo e entregar na última aula da semana.


DEUS e a história: Uma perspectiva bíblica

Siegfried J. Schwantes


A história é um processo cíclico, argumenta Sócrates. A história é linear e leva a um alvo desejado por Deus, proclamam os profetas bíblicos.
A história não é mais que “uma fábula contada por um idiota, cheia de barulho e fúria, significando nada”. Assim disse Shakespeare. A história é onde vemos “ao fundo, em cima, e em toda a marcha e contramarcha dos interesses, poderio e paixões humanas, a força de um Ser todo misericordioso, a executar, silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade”. Assim falou Ellen White, vendo um desígnio e propósito abarcantes na história.
Entre a filosofia grega e a profecia bíblica, entre humanismo e revelação, temos uma dicotomia quanto ao significado da história. Como cristãos, é imperativo que estejamos bem informados quanto à compreensão bíblica da história. A Palavra de Deus afirma que Deus governa as atividades de indivíduos e nações. Com efeito, a soberania divina na história é uma verdade bem arraigada na Bíblia. Moisés argumentou: “Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão uns dos outros, pôs os termos dos povos, conforme ao número dos filhos de Israel” (Deuteronômio 32:8). Isaías falou de Ciro como alguém escolhido por Deus para libertar Israel do cativeiro babilônico (Isaías 45:1). Daniel enfatizou que Deus “muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis” (Daniel 2:21). O apóstolo Paulo cria que a vinda de Jesus estava dentro do tempo prescrito por Deus na história (Gálatas 4:4). Ademais argumentou que o fim principal da existência nacional e individual sobre esta terra é um fim religioso: “E de um só, fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites de sua habitação, para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, o pudessem achar” (Atos 17:26, 27).
Deus e as nações
Outorgou Deus a toda nação e civilização um “tempo de graça”, uma oportunidade para buscá-Lo e achá-Lo? O comentário de Ellen White sobre o discurso de Paulo em Atos 17 não deixa margem para dúvida: “A cada nação que tem subido ao cenário da atividade, tem sido permitido que ocupasse seu lugar na terra, para que pudesse ver se ela cumpriria o propósito do `Vigia e Santo’. A profecia delineou o levantamento e queda dos grandes impérios mundiais — Babilônia, Média-Pérsia, Grécia e Roma. Com cada um destes, assim como com nações de menor poder, tem-se repetido a história. Cada qual teve seu período de prova, e cada qual fracassou; esmaeceu sua glória, passou-se-lhe o poder e o lugar foi ocupado por outra nação”.
Considere Babilônia. Suas especulações religiosas levaram-na um lodaçal cada vez mais profundo de superstição e obscurantismo. Babilônia poderia ter conhecido a Deus. Com efeito, o Senhor até mesmo a colocou em contato com Seu povo durante o cativeiro. Mas Babilônia deixou de ver Deus agindo na história.
O Egito não apresenta um espetáculo melhor. A despeito do tremeluzir promissor nos dias de Ikhnaton, quando sua busca da verdade o levou à idéia de uma divindade suprema, o politeísmo crasso reteve o Egito cativo. Os poderosos sacerdotes de Amon em Tebas esmagaram as aspirações religiosas que brotavam na Era de Amarna. Por ocasião da morte de Ikhnaton a corte voltou para Tebas, e as intuições religiosas do rei não produziram fruto.
Por outro lado, a história mostra que “os períodos determinados” por Deus não foram inteiramente infrutíferos. Na Pérsia, no sétimo século a.C., Zoroastro distinguiu-se por intuições notáveis da verdade religiosa. Substituiu as pretensões conflitantes do politeismo persa pela crença em Ahura Mazda, o deus da verdade e da luz. O zoroastrianismo reconhecia uma luta prolongada na qual as forças do bem haveriam finalmente de prevalecer, no juízo final.
Ellen White, em perfeita harmonia com os escritores bíblicos, endossa a interpretação providencial da história: “Nos anais da história humana o crescimento das nações, o levantamento e queda de impérios, aparecem como dependendo da vontade e façanhas do homem. O desenvolvimento dos acontecimentos em grande parte parece determinar-se por seu poder, ambição ou capricho. Na Palavra de Deus, porém, afasta-se a cortina e contemplamos ao fundo, em cima, e em toda marcha e contramarcha dos interesses, poderio e paixões humanas, a força de um ser todo misericordioso, a executar, silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade. A Bíblia revela a verdadeira filosofia da história”.3
A história como o desdobramento da obra de Deus
Eusébio (c. 260-c. 340), bispo de Cesaréia e primeiro historiador da Igreja Cristã, argumentava que os fios emaranhados do passado humano poderiam ser tecidos num todo racional, se a história fosse vista como uma preparação para o evangelho. Somente assim poderiam as incongruências da história, com toda sua dor e esperanças não realizadas, ser interpretadas como fazendo sentido dentro de um plano divino. Buscando sua inspiração principal em Paulo, Eusébio reconheceu na história um desígnio reconhecível. Para ele, a história avançava não à deriva, mas na direção de um alvo escolhido por Deus.
Isso não significa que a história prova o papel divino nos acontecimentos humanos. Mas a história em sua marcha inevitável em direção de um alvo divino revela Deus ao olhar da fé, do mesmo modo que a natureza em toda a sua beleza e dor revela Deus ao olhar da fé. Há suficientes evidências da providência soberana de Deus na história para sustentar a fé, mas nunca tão esmagadoras a ponto de compeli-la. Assim a história faz sentido para o crente, enquanto permanece um enigma obscuro para o descrente.
A verdade da providência divina guiando o curso dos acontecimentos para um alvo escatológico é mais bem percebida quando uma multiplicidade de fatores é vista contribuindo para o cumprimento do propósito divino. Assim o apóstolo Paulo escreve da “plenitude do tempo” como o momento crítico quando “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei” (Gálatas 4:4 e 5). O clímax na história da redenção não podia vir antes de as condições preparatórias terem-se cumprido. O apóstolo poderia ter em mente o cumprimento de uma profecia como a de Daniel 9:24-27. Mas certamente algo mais estava incluído sob a “plenitude do tempo”. Uma série de eventos estava abrindo o caminho para a vinda do Messias: a unificação do mundo antigo que se seguiu às vitórias de Alexandre (336-323 a.C.); a difusão da língua e idéias gregas até às fronteiras da Índia; língua e cultura comuns criando uma “vila global”; e a crescente maldade da natureza humana clamando por libertação.
Quando o império romano absorveu o mundo helênico, a perícia romana em matéria de jurisprudência e administração territorial impôs ordem e segurança dentro de suas fronteiras. O poderio romano também abriu as artérias de comércio e construiu uma rede de estradas internacionais. A navegação no Mediterrâneo tornou-se muito mais segura pela eliminação efetiva da pirataria.
Outro fator da “plenitude do tempo” que facilitou a disseminação do evangelho foi a ubiqüidade da diáspora judaica. Comerciantes judeus e sinagogas se encontravam nas maiores cidades do império romano. As sinagogas atraíam muitos gentios, impressionados com a fé monoteísta dos judeus e suas normas morais elevadas, que contrastavam com as dos gentios. Estes prosélitos, já familiarizados com os ensinos do Velho Testamento, eram muito mais facilmente persuadidos a abraçar a mensagem cristã, como o Livro de Atos claramente indica.
Que um fator histórico pudesse favorecer o avanço do reino de Deus na terra não levaria muita força persuasiva per se. Mas quando vários fatores convergem na mesma direção, o ceticismo pareceria injustificado.
A Reforma na providência divina
Outro acontecimento importante com tremendas conseqüências para a história da religião foi a Reforma Protestante do século dezesseis. Ela também apresenta evidências da direção divina no processo da história. Tendências preparatórias convergiram para fazer daquela revolução um sucesso — sucesso difícil de imaginar nos séculos precedentes. Cinco destas tendências podem ser facilmente identificadas:
1. O feudalismo estava perdendo sua influência sobre a vida econômica da Europa Ocidental. À medida que as cidades floresciam e reivindicavam seus direitos na arena política, tornando-se a agricultura menos influente e o feudalismo declinando aos poucos, os indivíduos tornaram-se mais livres para determinar seu destino político e religioso.
2. Os monarcas reinantes da França, Inglaterra e Espanha estavam ganhando vantagem na luta contra os senhores feudais e a igreja. Havia um descontentamento crescente com a interferência da igreja nos negócios do Estado. As nações se ressentiam cada vez mais e resistiam à drenagem de recursos pela cúria papal.
3. Os assim-chamados concílios reformadores de Constança (1414-1418) e Basiléia (1431-1449) fracassaram em sua tentativa de reformar um papado recalcitrante, e o fato de haver vários papas rivais ao mesmo tempo — certa vez houve três papas simultaneamente — contribuíram para a perda do prestígio papal. A autoridade universal de um papa como Inocêncio III era coisa do passado.
4. A Renascença, primeiro na Itália, e mais tarde por toda a Europa Ocidental, com sua admiração pelas riquezas da civilização greco-romana e sua divisa “de volta às fontes”, encorajou ao mesmo tempo o estudo das fontes cristãs. A Bíblia e a literatura patrística foram estudadas como nunca dantes, e isso demonstrou a discrepância entre a religião bíblica e as distorções que ela sofreu durante a Idade Média. Escritores como Erasmo clamavam por uma reforma “da cabeça aos pés”.
5. A invenção da imprensa por Gutenberg (c. 1450) aumentou a compra de livros, especialmente da Bíblia, pelo povo comum. Entre 1450 e 1500, por exemplo, mais de 92 edições da Bíblia Vulgata já tinham saído do prelo. As 95 teses de Lutero foram difundidas pela Europa em tempo relâmpago.
A convergência destas tendências abriu o caminho para o sucesso da Reforma Protestante. Não sugere isso a direção divina nos negócios das nações? Uma filosofia tal, melhor do que qualquer outra, apela ao estudante imparcial da história. O desenrolar dos acontecimentos pode parecer lento ao estudante casual, “Mas como as estrelas no vasto circuito de sua indicada órbita, os desígnios de Deus não conhecem adiantamento nem tardança”.
A história permanece trágica porque a alienação humana de Deus não pode ser vencida por um fiat divino. Algumas tragédias consternadoras, tais como tiranias monstruosas ou genocídios bárbaros, nunca serão explicados por seres humanos aquém do Juizo final. Embora trágica, a história — mesmo a história secular — é parte de um desígnio universal. Deus dá aos seres humanos a liberdade de escolher e de agir, mesmo contra Sua vontade.
História, igreja e liberdade
A história não é inconseqüente ou sem significado. Embora a presença divina no processo histórico esteja envolta em mistério, vislumbres da intervenção divina nos são dados para tornar o ponto de vista bíblico crível. Destas indicações, nenhuma é mais significativa do que o plano redentor de Deus. Ancorado na história, o evento chamado Cristo faz com que toda a história revele um desígnio providencial.
As tragédias da história são o resultado da luta humana para afirmar-se, e não deviam cegar-nos à evidência de que Deus exerce sua soberania sobre a marcha dos acontecimentos. Como resultado, a missão da igreja como a proclamadora da redenção assume um significado especial. Sua missão seria frustrada se não houvesse um clima de liberdade permitindo que homens e mulheres façam sua decisão espiritual sem constrangimento externo.
Por conseguinte, todo progresso na direção de maior liberdade política e religiosa torna-se uma evidência do intento divino de proporcionar um clima melhor para decisões cristãs genuínas. No cenário das decisões morais, a história deve cercar-nos com uma medida de liberdade. Através de uma providência orientadora, Deus age no sentido de preservar e expandir as áreas de liberdade. Inverter esta tendência seria derrotar Seu propósito redentor.
Alguns estudiosos têm advogado uma filosofia determinista da história, como se os acontecimentos seguissem uns aos outros numa cadeia de conexões causais, idêntico à cadeia de causa e efeito que opera na natureza. Mas como Isaías Berlin escreve: “A evidência para um determinismo cerrado não existe”. Se houvesse, as leis de causação histórica teriam sido descobertas há muito tempo.
O ponto de vista bíblico da história rejeita o determinismo, por minar a responsabilidade pessoal, elemento básico da compreensão bíblica do ser humano como um agente moral livre. Também rejeita a opinião de que a história é completamente indeterminada — que ela não apresenta nenhum plano reconhecível. A opinião mais consentânea com a perspectiva bíblica é que a história reflete, embora obscuramente, o propósito eterno de Deus.
História e o propósito eterno de Deus
Uma ilustração simples pode esclarecer como a liberdade humana e a soberania divina podem coexistir. Imagine um navio cheio de passageiros pronto para partir, rumo a um destino conhecido só do capitão. A direção geral do navio, ao cruzar o oceano, está sob o controle do capitão. Ele sabe qual é o porto de destino e a melhor rota para alcançá-lo. Ao mesmo tempo, os passageiros a bordo estão livres para mover-se e agir à vontade. O controle que o capitão exerce sobre o navio não interfere na liberdade relativa dos passageiros. Assim, o navio da história avança sob a direção divina, com bastante liberdade para que cada um faça suas escolhas pessoais. A Providência faz uso de diferentes alternativas para dirigir a seqüência de acontecimentos de acordo com Seu plano. Esta soberania divina é admissivelmente discreta, de modo a não frustrar a liberdade humana por um lado, e por outro não privar a necessidade de cada qual andar pela fé.
Há naturalmente historiadores que não se alinham nem com a posição determinista nem com a providencial da história. Quando confrontados com um desfecho inesperado num enredo complexo, eles não têm outro recurso a não ser apelar para a “concorrência fortuita de fatores aleatórios”. Mas introduzir um historiador a “sorte” ou um acidente como explicação é confessar ignorância da causa real.
As especulações sobre os “se” da história são estéreis, exceto para enfatizar o elemento de contingência na história. Às vezes, o que ocorre parece ser mera casualidade. Se não tivesse chovido na manhã da batalha de Waterloo, a artilharia de Napoleão poderia ter manobrado de modo mais vantajoso, e a derrota convertida numa vitória. O cristão substitui “sorte” ou “acidente” por “providência”, e argumenta que a providência divina reúne as alternativas apropriadas de modo a produzir o melhor resultado coerente com o plano divino.
Harris Harbinson, professor de História na Universidade de Princeton, resume de modo elegante o ponto de vista cristão: “Onde os materialistas só vêem um processo cego, onde o racionalista vê progresso evidente, ele verá a providência — um prover divino tanto nas decisões conscientes como nos resultados inesperados da história, um propósito parcialmente revelado e parcialmente oculto, um destino que é religioso no sentido mais profundo da palavra, no qual a liberdade humana e a direção divina completam-se de modo misterioso”.

Siegfried J. Schwantes (Ph.D., The Johns Hopkins University), nascido no Brasil, ensinou história da igreja em muitas instituições educacionais e escreveu The Biblical Meaning of History (Mountain View, Calif., Pacific Press Publ. Assn., 1970). Seu endereço: 10613 Meadowhill Rd.; Silver Spring, Maryland 20901-1527; E.U.A.

Notas e referências
1. Ellen G. White, Educação (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1977), pág. 173.
2. Ibidem, pág. 176.
3. Ibidem, pág. 173.
4. Ver Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações (Santo André, SP: Casa publicadora Brasileira, 1977), págs. 32-34.
5. Ibidem, pág. 32.
6. Isaiah Berlin, Historical Inevitability, citado em S. J. Schwantes, The Biblical Meaning of History (Mountain View, Calif.: Pacific Press Publ. Assn., 1970), pág. 32.
7. E. Harris Harbison, “The Marks of a Christian Historian”, em C. T. McIntire, ed., God, History, and Historians (New York: Oxford University Press, 1977), pág. 354.

Vida plena pela verdade.


Aos alunos do ensino médio 2º ano A e B.

1- Ler o texto, depois no blog deixar um comentário ou no caderno fazer uma resenha.

Onde esta Deus quando o sofrimento nos atinge?
Steve Grimsley


Era uma noite chuvosa, na hora de maior tráfego. Quando a luz do se- máforo ficou verde, acelerei até uns 60 quilômetros por hora. Ao ganhar velocidade, subitamente o motorista que estava à minha frente guinou violentamente para a direita. Minha reação foi mais de perplexidade do que alarme. Tirei o pé do acelerador, mas era demasiado tarde. Diante de mim estavam dois veículos parados atrás de um carro em pane. Girei o volante e brequei, mas não em tempo de evitar a colisão com a traseira do carro à minha frente. Então desviei meu carro para o acostamento.
Senti dó ao ver meu Mazda 626 amassado, mas grato ao mesmo tempo por não ter sofrimento qualquer lesão. Contemplei o tráfego completamente parado. Uma mulher de uns trinta anos estava ao lado de seu carro com os braços erguidos, a cabeça inclinada e as lágrimas correndo pela face. Ela dizia em voz alta: “Obrigada, Senhor! Obrigada, Senhor!” Caminhei em sua direção achando que ela fosse a vítima de meu descuido. Rapidamente, porém, ela entrou em seu carro resmungando estar atrasada para um compromisso e saiu queimando pneus. Fiquei ali um tanto confuso e só então percebi que seu veículo não tinha sido abalroado.
Mas e o jovem casal cujo Chevrolet Malibu eu atingi? E agora? Bem, nós tínhamos de tratar com as questões legais, o seguro, a locadora de automóveis e a oficina de reparos. Por que Jesus não me poupou de tudo isso?
É justo o sofrimento?
Meu sofrimento, embora menor, trouxe-me à mente uma questão mais profunda — aquela que tem inquietado os cristãos por gerações. Como pode um Deus de amor permitir a dor e o sofrimento neste mundo? A distribuição e o grau de sofrimento parecem ser completamente aleatórios e injustos. Será que eu não merecia escapar do acidente como aquela mulher que saiu ilesa?
Mas meu pequeno acidente foi trivial. O que se tem testemunhado confunde a mente. Milhões pereceram em campos de concentração, de trabalhos forçados e de extermínio. Limpeza étnica, genocídio tribal e os horrores de 11 de setembro nos levam a pensar: Por que Deus não evitou tudo isso? Imagens televisivas de terremotos tragando milhares de pessoas nos levam a querer saber: Por que Deus não se importa?
Em meio à tragédia e sofrimento humanos, como é possível a uma pessoa racional crer que servimos a um Deus de amor?
Com o risco de parecer insensível, permitam-me levantar outra pergunta: “É possível que Deus possa tolerar certos males de curto prazo, para tornar possível um bem de longo prazo e que eu, como um ser finito, não posso entender?”
Sofrimento: Um bem de longo prazo?
Peter Kreeft, professor de filosofia no Boston College propõe uma analogia da dor de curto prazo que resulta em bem maior em longo prazo:
“Imagine um urso preso numa armadilha e um caçador que, condoído, deseja libertá-lo. Ele procura ganhar a confiança do urso mas não consegue; como medida drástica precisa sedar o animal. O urso, contudo, pensa ser isso um ataque e que o caçador está tentando matá-lo. Ele não reconhece que o homem estava agindo por compaixão.
“Então, a fim de libertar o urso, o caçador tem de empurrá-lo mais fundo na armadilha para diminuir a tensão da mola. Se o urso estivesse semiconsciente a essa altura, se convenceria de que o caçador era seu inimigo e intentava-lhe causar sofrimento e dor. Mas o urso estaria enganado. Ele chega a essa conclusão errada porque não é um ser humano”. 1
Pode isso ser uma analogia entre Deus e nós?
Mas, a questão permanece: “Como pode um Deus Todo-Poderoso, onisciente, cheio de amor, tolerar o mal tão generalizado, persistente e inescrutável?” Considere o ponto de vista Kreeft que o bem pode resultar de um mal. Deus nos mostrou especificamente como isso funciona. Ele demonstrou como a pior coisa jamais ocorrida na história humana resultou no maior bem — a morte de Cristo sobre a cruz. Naquele tempo ninguém pensou que qualquer bem pudesse resultar dessa tragédia. E, contudo, Deus sabia o desfecho glorioso que nenhum ser humano tinha previsto. Se isso aconteceu então, por que não poderia ocorrer em nossa vida individual?
Paul Kreeft ilustra mais uma vez esse conceito. “Suponha que você é o diabo, o arquiinimigo de Deus, e planeja matá-Lo. Mas não pode fazer isso. Contudo, entende que Ele tem a fraqueza ridícula de criar e amar seres humanos os quais você pode atacar. Ah! agora você tem reféns! Assim você simplesmente vem ao mundo, corrompe a humanidade e arrasta alguns para a ruína. Quando Deus envia profetas para iluminá- los, você os mata.
“Então Deus faz a coisa mais tola que se poderia imaginar: ele envia Seu próprio Filho para estar sob as regras do mundo. Você diz a si mesmo: ‘Não posso acreditar que Ele seja tão estúpido! O amor perturbou Seu cérebro! Tudo o que tenho a fazer é inspirar alguns de meus agentes — Herodes, Pilatos, Caifás, os soldados romanos — e crucificá- Lo’. E você faz isso mesmo.
“Assim, lá está ele suspenso na cruz abandonado pelos homens e aparentemente por Deus, sangrando e exclamando: ‘Meu Deus, Meu Deus, por que Me abandonaste?’ Como se sente agora sendo o diabo? Por certo, triunfante e vindicado! Mas, naturalmente, você não poderia estar mais enganado. Esse é o supremo triunfo dEle e fragorosa derrota para você. Você mordeu Seu calcanhar e o sangue jorrado o destruiu”.2
Agora, se essa ocorrência não é única, talvez ela assinale que quando sofremos e sangramos, essa é a maneira de Deus derrotar Satanás mais uma vez. A maioria dos cristãos bem conhecidos na história parece dizer que se aproximou mais de Deus quando sofreu muito. O apóstolo Paulo afirmou: “Pois nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus... De modo que em nós opera a morte, mas em vós a vida”. (II Coríntios 4:11 e 12).
Abandonando a Deus no sofrimento?
Mas, não é possível abandonar a Deus por causa de Sua aparente ambivalência em relação ao nosso sofrimento? Eli Wiesel descreve como perdeu a fé, aos quinze anos, quando aprisionado no campo de concentração de Buna assistiu ao enforcamento de um rapaz holandês que se recusou a dar informações sobre o esconderijo das armas encontradas na casa de seu patrão. O peso leve do rapaz prolongou-lhe a morte agonizante por mais de meia hora, pendurado pelo pescoço numa corda torcida.
Wiesel e os milhares de prisioneiros do campo foram forçados a marchar em frente do rapaz, e observar como ele se debatia entre a vida e a morte.3 Wiesel perdeu sua fé, mas essa história contém a resposta à pergunta que temos feito através deste artigo. Deus estava em Buna com o rapazinho holandês, tanto quanto no Calvário com Jesus, Seu Filho, quando Ele também sofria entre a vida e a morte na cruz. Assim, há uma resposta à pergunta: “Onde está Deus?” Não, não há. Mas há Um que responde.
Nenhuma resposta, mas Alguém que responde
Peter Kreeft resume: “É o próprio Jesus. Não é um amontoado de palavras. Existe a Palavra. Não é um argumento filosófico bem engendrado; é uma Pessoa. A Pessoa. A resposta ao sofrimento não é uma idéia abstrata, porque essa não é uma questão abstrata, mas um assunto pessoal. Requer uma resposta pessoal. A resposta precisa ser alguém e não apenas algo, porque a questão envolve alguém — Deus onde está o Senhor?
“Jesus lá está, postado ao nosso lado nos momentos mais difíceis de nossa vida. Estamos despedaçados? Ele foi partido como pão por nós. Somos desprezados? Ele foi desprezado e rejeitado pelos homens. Clamamos que não podemos suportar mais? Ele foi um homem de dores e experimentado nos trabalhos. Há pessoas que nos traem? Ele mesmo foi vendido. Foram as nossas relações mais íntimas rompidas? Ele também amou e foi rejeitado. As pessoas nos viram as costas? Eles se esconderam dEle como de um leproso.
“Acompanha-nos Ele em todas as nossas aflições? Sim, Ele o faz... Ele não somente ressuscitou dentre os mortos, mas mudou o significado da morte e, portanto, de todas as pequenas mortes que sofremos... toda lágrima que derramamos torna-se Sua lágrima. Ele pode não enxugá-las ainda, mas o fará”.4
Deus está conosco no sofrimento
Meu Deus é impassível? Ele Se impõe a mim como um déspota gigantesco, exigindo minha rendição à Sua vontade? Encerra-se em ilhas de serenidade, raramente Se preocupando com minha angústia? Se esse fosse o caso, eu não poderia crer nEle. Se não fosse a cruz, minha crença submergiria em mitos e agnosticismo. Lá no Calvário meu Salvador, solitário, esquecido, contorcido, sangrando, alquebrado e sedento, clamou em agonia em meu favor. Esse é o Deus que eu escolheria!
Assim, quando a pergunta sobre como um Deus de amor pode permitir dor e sofrimento neste mundo apontar seu dedo acusador, eu retiro do céu um arco-íris, construo um símbolo com dois troncos grosseiros de madeira e implanto a cruz de Cristo no ponto mais alto.


Steve Grimsley é diretor dos planos de saúde da Adventist Risk Management, da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. E-mail: sgrimsley@adventistrisk.org


Notas e referências


1. Em Lee Strobel, The Case for Faith (Grand Rapids, Michigan: Zondervan Publishing House, 2000), p. 32.
2. Ibid., pp. 39, 40.
3. Elie Weisel, Night (New York: Avon Books, 1969), pp. 75, 76.
4. Strobel, 51, 52.
2 - No caderno pesquisar como as seguintes religiões entendem a trindade:
a) Judaísmo
b)Mórmons
c) Testemunhas de Jeová
d) Protestantes
e) Católicos

A Ética Cristã e a Ciência Moderna.


Aos alunos ensino médio 1º ano A e B. 09/03/09

1- Ler e no blog deixar um comentário sobre a matéria ou no caderno fazer uma resenha.
À nossa própria imagem? A ética e a clonagem humana

Anthony J. Zuccarelli e Gerald R. Winslow


Cumulina. Não é uma cidade romântica numa ilha remota. Não é um prato exótico. Nada que você pudesse ter adivinhado alguns meses atrás. Embora Cumulina seja apenas uma ratazana, ela é uma valente recém-chegada num valente mundo novo. Aninhada na serragem de gaiolas de plástico transparente em Honolulu, na Universidade do Havaí, Cumulina e cerca de 50 outros ratos são recentes pioneiros na pesquisa científica com implicações assustadoras. Os ratos parecem bem normais, indistinguíveis de outros em qualquer laboratório de animais. O grupo, contudo, é sui-generis porque só tem “progenitores” femininos. Como Dolly, a ovelha mais conhecida, os ratos foram produzidos pelo transplante de uma célula somática nuclear — em outras palavras, por clonagem.
Dolly provocou uma tempestade de debates. O anúncio de seu nascimento feito pelo cientista escocês Ian Wilmut em fevereiro de 19971 levantou a possibilidade de que, num futuro próximo, seja possível clonar seres humanos. As implicações filosóficas e éticas ocuparam a mídia por meses e puseram a clonagem humana na agenda de corpos legislativos e centros de estudos ao redor do mundo. Por um ano e meio o debate continuou, restrito unicamente pela incapacidade de outros cientistas repetirem o processo, pelas dúvidas de que a tecnologia possa ser adaptada para seres humanos e pelas sugestões de que a concepção de Dolly pudesse não ter sido imaculada.
Aqueles argumentos foram removidos por três reportagens publicadas em julho de 1998 na revista Nature. Dois grupos apresentaram evidências convincentes de que Dolly é geneticamente idêntica à ovelha da qual foi derivada; ela é de fato um clone autêntico 2,3. O grupo de Honolulu mostrou que o transplante da célula somática nuclear pode ser repetido, criando três gerações sucessivas de ratos clonados4. Também apresentaram evidências de que isso pode ser feito com espécies que se supunha serem difíceis de clonar, inclusive seres humanos. Segundo o editor, “torna-se tanto mais provável que, onde alguém tiver licença [de clonar humanos], ele o fará”.5 Essa probabilidade ganhou força quando o físico Richard Seed anunciou ter identificado clientes, apoio financeiro e cientistas para fazer funcionar sua clínica de clonagem em Chicago.
Devem os seres humanos ser clonados?
Mas, devem os humanos ser clonados? Como cristãos adventistas, que apreciamos o valor que Deus atribui à vida humana e levamos a sério nossas responsabilidades como mordomos da terra, devemos examinar cuidadosamente a questão. Depois de explorar a ciência e o aspecto econômico da clonagem, o objetivo deste artigo é identificar princípios éticos que possam guiar-nos através do emaranhado de problemas e emoções que cercam a perspectiva de duplicação assexual humana.
Comecemos com a reprodução sexual. Seu livro de biologia diz que quando duas células germinais se unem para fertilização, elas combinam seus genes para criar um zigote unicelular. O material genético do zigote, na forma de DNA, é mais tarde reproduzido e distribuído entre as duas células resultantes, formando um embrião de duas células. O embrião se desenvolve por ciclos ordenados de reprodução do DNA e divisão celular. Toda célula recebe uma cópia do material genético, metade provida originalmente por cada progenitor. Quando o embrião atinge um número de células crítico, começa a especializar-se, expressando seletivamente alguns genes e desligando outros, segundo um programa embutido. Dependendo do padrão de expressão, algumas se tornarão células nervosas; outras, células de músculos, e ainda outras, células de pele. A diferenciação finalmente forma um feto com centenas de tipos de células especializadas que constituirão o organismo ao nascer.
Embora a reprodução sexual seja um tema comum, não é universal. Seu livro de biologia também descreve microorganismos unicelulares, como bactérias e fermento, cujo modo de reprodução é assexual. Eles simplesmente se dividem em duas células geneticamente idênticas, clones uma da outra e da célula original. Muitas plantas também se reproduzem assexualmente. Um fragmento espalhado pelo cortador de grama do vizinho pode dar início ao crescimento de capim de roça em seu gramado. Uma trepadeira favorita, uma roseira ou uma planta caseira pode ser clonada plantando-se um galho, até crescer e tornar-se uma planta completa. Alguns animais, como a estrela-do-mar e as minhocas, podem regenerar-se de um fragmento. Cada um desses casos de reprodução assexuada depende do fato de que toda célula num organismo complexo traz em si todos os genes do organismo todo, mesmo se a célula veio da folha de uma planta, onde usou apenas os genes necessários para a folhagem.
Supunha-se que os genes apagados durante o desenvolvimento embrionário fossem permanentemente desativados nos animais. Décadas de tentativas fracassadas de gerar organismos inteiros a partir de células do corpo isoladas (chamadas células somáticas) resultaram na crença de que elas eram diferenciadas de modo terminal. Parecia não haver um modo simples de religar os interruptores genéticos — até surgir Dolly.
Transplante de células somáticas nucleares
Seguindo a trilha de experimentos feitos nas décadas de 1950 e 1960, o Dr. Wilmut obteve oócitos de ovelha (ovos antes da maturação) e manualmente removeu seus núcleos (que contêm o material genético) usando pipetas delicadas de vidro. Então fundiu os oócitos sem genes com células somáticas extraídas do úbere de uma ovelha adulta. O núcleo da célula do úbere substituiu os genes normalmente providos pelo esperma e óvulo no momento da fertilização. O citoplasma do oócito aparentemente proporcionou o ambiente adequado para recompor os genes no núcleo do úbere, permitindo que eles se expressassem na seqüência normal do desenvolvimento embriônico. Depois de um período de crescimento numa solução nutritiva, o oócito reconstituído, que se tinha tornado um embrião multicelular, foi implantado numa ovelha com vistas ao desenvolvimento completo1.
Foi assim que Dolly veio à existência. Os passos cruciais no processo refletem-se em seu nome — transplante de célula somática nuclear. Com várias modificações, a equipe de Honolulu usou a mesma técnica para fazer Cumulina, o primeiro rato clonado, e clones de clones em duas gerações sucessivas4.
Diversos fatos merecem ênfase. Dolly e Cumulina não têm nem pai nem mãe no sentido convencional — pais que contribuíram com células germinais para sua concepção. Em lugar disso, cada uma tem um doador nuclear que proveu todo o material genético nuclear, um doador oócito que proveu a “incubadora” celular na qual os genes foram colocados e uma gestante que nutriu o embrião até ao nascimento. Como nenhum dos participantes foi macho, poder-se-ia dizer que Dolly e Cumulina têm, cada uma, três “mães”.
Segundo: um clone tem o mesmo material do cromossoma do doador do núcleo. Alguns compararam o clone a um gêmeo idêntico do doador nuclear. O oócito doador contribuiu com uma quantia minúscula de material genético achado no mitocondro; a gestante provê só o útero nutriente. As três progenitoras de Dolly foram Finn Dorset, Poll Dorset e uma ovelha escocesa Blackface, respectivamente. Ela se parece com sua “mãe” nuclear Dorset.
Terceiro: embora a clonagem seja uma realização espantosa, é extremamente ineficiente. Mais de 400 óvulos de ovelha foram usados para produzir Dolly1. Todos os outros morreram pelo caminho. Cumulina e sua corte representam 2,5 por cento das tentativas nos experimentos de Honolulu4. Obviamente, a reprodução sexual é mais eficiente, simples e usualmente mais satisfatória.
Isso pode provocar a pergunta: “Por que, afinal, tentar fazer clonagem?” Surpreendentemente, a primeira motivação é duplicar animais, não seres humanos. O valor da clonagem é a conseqüência da diferença crucial entre reprodução sexual e assexual. Considere as incertezas da reprodução tradicional de animais. Os bezerros nascidos de uma produtora de leite premiada, por exemplo, recebem apenas a metade dos genes da mãe. Como a produção de leite depende de muitos genes que interagem, poucos entre suas crias herdarão a combinação exata que fez da vaca uma tão grande produtora de leite. Depois de ganhar a Tríplice Coroa, por exemplo, Secretariat gerou mais de 400 potros pelas melhores éguas do mundo. Nenhum deles teve uma carreira bem-sucedida em corridas!
Fábricas de animais transgênicos
Os clones, em contraste, têm exatamente os mesmos genes de seus doadores nucleares. A clonagem garantiria que o equipamento genético de uma ovelha com lã grossa e macia ou de galinhas que botam ovos com baixo colesterol seria reproduzido precisamente. Embora estas características sejam desejáveis, outras são apreciadas ainda mais. O motor que impulsiona o desenvolvimento de transplantes nucleares é o desejo de produzir animais que levem genes humanos, animais chamados transgênicos.
Durante os últimos 25 anos, a biotecnologia tem identificado e isolado os genes humanos que codificam vários componentes e produtos celulares. Como resultado prático, a insulina e outras proteínas humanas são agora feitas por bactérias resultantes de engenharia genética que crescem em barris de cultura. Muitas proteínas valiosas, contudo, são complexas demais para as bactérias reproduzirem corretamente. Uma alternativa é usar culturas de células humanas ou de mamíferos, modificadas geneticamente, mas é dispendioso cultivá-las e só fazem uma quantidade mínima do produto desejado. O método mais antigo, extrair proteínas diretamente de cadáveres ou de sangue humano com data vencida, é evitado por causa do risco de contaminação com agentes infecciosos como HIV ou vírus de hepatite.
Em busca de eficiência de custo e segurança, a biotecnologia voltou-se para animais domésticos para a criação de produtos sob a direção de genes humanos acrescentados a seus cromossomas. Nos melhores casos, o DNA adicionado faz com que o animal segregue grandes quantidades de proteína humana em seu leite. Chamando isso de pharming, a primeira onda de animais transgênicos é representada por cabras, vacas, porcos e ovelhas nos Estados Unidos, Escócia e Holanda, os quais fazem proteínas como antitrombina II (um agente anticoagulante), alfa-1-antitripsina (ausente em pessoas com enfisema e útil no tratamento de fibrose cística), agentes que coagulam o sangue (ausente em hemofílicos) e interferonas (agentes antivirais). Ter animais domésticos que convertam capim em proteínas é como ter uma galinha que bota ovos de ouro — talvez melhor ainda! Algumas proteínas terapêuticas valem muitas vezes mais do que seu peso em ouro.
OK, então animais que segregam proteínas humanas úteis são valiosos. Como é que a clonagem entra no quadro? Animais transgênicos de alta produção são difíceis de se fazer; a clonagem pode fazê-lo mais facilmente. O primeiro passo ao criar um animal transgênico é identificar e isolar o gene humano para o produto desejado — digamos uma proteína contra vírus. Em seguida, o gene é unido a um segmento de DNA que controla quando e onde o gene será ativo. Uma técnica típica consiste em usar um segmento que dirige o gene a produzir sua proteína contra vírus nas células produtoras de leite da glândula mamária. Estes passos são facilmente efetuados usando técnicas de genética molecular bem conhecidas, mas os estágios subseqüentes são tecnicamente difíceis e ineficientes. Diversas centenas de cópias de gene com o DNA controlador são injetadas laboriosamente em oócitos fertilizados. Os zigotes que se desenvolvem são depois implantados em mães substitutas para gestação. A eficiência é lamentavelmente baixa — tipicamente, menos de 0,5% sobrevive ao nascimento e testa positivo para o transgene. Um número menor ainda segrega quantidades úts¡s da proteína em seu leite. Claramente, pode levar anos antes de se formar um rebanho transgênico produtivo.
Métodos eficientes de clonagem mudariam o quadro. Como antes, um gene humano precisa ser isolado e unido a um segmento de controle. Então, em vez de micro-injeção, o gene-mais-o-DNA controlador é simplesmente adicionado ao líquido no qual as células animais estão sendo cultivadas. Nas condições certas, elas começam sós ou depois de um breve impulso elétrico. Usando métodos normais de seleção, as células que aceitaram o transgene podem ser purificadas e testadas para ver se dão indicação de serem boas produtoras de proteína. Visto que essas manipulações são feitas com células cultivadas, e não animais, podem ser completadas em poucos dias. Células modificadas com êxito seriam então usadas para fazer animais inteiros, transferindo seus núcleos para oócitos sem núcleo.
Tecido para transplante
Um papel adicional para a clonagem é a criação de animais com tecidos “humanizados” para satisfazer a grande necessidade de órgãos para transplante. A rejeição aguda de órgãos animais é devida a um arranjo de sub-unidades de açúcar nas superfícies das células, o qual não é tolerado pelos recipientes humanos. Visto ser possível subtrair, bem como adicionar genes, eliminar os genes responsáveis pelas mudanças da superfície ofensiva tornaria os órgãos de animais mais compatíveis com o hospedeiro humano.
É intrigante a habilidade misteriosa do citoplasma do oócito de reprogramar um núcleo. Alguns predizem que talvez seja possível tirar vantagem ainda maior desta propriedade. Depois do núcleo de um paciente ter sido reacertado para um estado embriônico dentro do oócito, será possível instruí-lo para reproduzir e amadurecer num tipo de célula diferente. O objetivo seria gerar tecidos especializados que poderiam ser usados para tratar um vasto elenco de enfermidades humanas — jovens células das ilhotas pancreáticas para tratar diabetes, células da pele para curar queimaduras, células nervosas para reconstruir estragos na espinha ou obrigar a doença de Parkinson a regredir. Se o tecido transplantado fosse derivado do paciente, seria perfeitamente compatível e evitaria rejeições imunológicas. Em vez de pensar na possibilidade horrível de clonar pessoas para serem usadas como “partes sobressalentes”, o transplante nuclear poderia ser capaz de reprogramar células humanas de modo a crescerem como órgãos isolados ou tecidos semelhantes a órgãos.
Clonagem e questões éticas
A tecnologia da clonagem promete benefícios imensos, mas a que custo? Alguns advertem que poderá ser elevado — minando a dignidade humana e degradando as relações familiares. Examinemos essas preocupações com ponderação para determinar se são guias úteis na tomada de decisões sobre clonagem. Organizaremos nossa discussão em torno de sete temas da ética cristã: proteção contra danos, conseqüências para a liberdade humana, efeitos sobre a estrutura da família, potencial para aliviar o sofrimento, mordomia de recursos pessoais, veracidade e o potencial para compreender a criação de Deus.6
1. Proteção contra danos. O criador de Dolly, Ian Wilmut, identificou a razão mais convincente para não se tentar clonar seres humanos: resultaria na perda de incontáveis óvulos humanos e na morte de muitos fetos em vários estágios de desenvolvimento, inclusive próximo ao nascimento. Também introduziria um risco elevado de crianças mal-formadas e mortes de crianças. Em seus primeiros experimentos, cerca de 60 por cento dos cordeiros clonados morreram logo depois do nascimento e muitos mostravam deformidades físicas. A clonagem é moralmente precária porque é arriscada sob o ponto de vista médico. A norma das Escrituras é evitar colocar vidas em risco indevido de dano ou morte, especialmente a vida dos vulneráveis. O mesmo princípio é reiterado no juramento médico de “não causar dano”. Proíbe uma decisão que resultaria em dezenas de natimortos, de crianças mal-formadas ou não-viáveis a fim de produzir uma criança sadia.
A Comissão Nacional de Aconselhamento Ético, designada pelo presidente dos Estados Unidos, decidiu que a clonagem humana é inaceitável no presente por motivos de segurança7. Seu julgamento foi baseado no estágio da tecnologia ainda com menos de dois anos. Recomendou uma moratória temporária, esperando plenamente que experimentos subseqüentes melhorem a proporção de sucesso. Uma proibição permanente seria o equivalente a proibir para sempre o uso público do avião depois do primeiro vôo no 14-Bis. Dolly e Cumulina representam marcos miliares numa longa série de avanços biológicos durante cinco décadas. O atual estágio de progresso requer que se reexamine a tecnologia a intervalos para determinar se amadureceu além do ponto de os benefícios superarem os riscos.
2. Liberdade e dignidade humanas. Os cristãos crêem que os seres humanos têm dignidade porque foram criados à imagem de Deus com a autonomia de “pensar e fazer”. A perspectiva de reprodução humana assexual freqüentemente evoca uma visão contrária e perturbadora — exércitos de zumbis desalmados seguindo os passos de seus progenitores. Nosso temor de cópias a carbono de humanos é poderoso, quase visceral. Deriva-se em parte de nossa tendência de equacionar aparência com identidade pessoal. No ano passado, um jornal reproduziu as respostas de adolescentes à perspectiva de clonagem humana. “Então as pessoas serão clonadas?”, disse um rapaz de 18 anos. “E como você vai saber se elas terão alma? Como saberá o que vem aí pela rua?”
Em contraste, temos pouca dificuldade em aceitar o fato de que gêmeos “idênticos” (monozigóticos) não são realmente idênticos. Desenvolvem personalidades e temperamentos distintos como conseqüência de suas diferentes escolhas, experiências e ambientes. A despeito dos genes idênticos, eles se tornam “almas” diferenciadas. Uma pessoa clonada amadureceria num indivíduo que é inteiramente distinto do doador nuclear pelas mesmas razões mas, adicionalmente, o clone teria uma “mãe” diferente, cresceria numa família diferente e viveria num tempo diferente do doador. Por conseguinte, a crença de que os clones de Albert Einstein ou Michael Jordan repetiriam as vidas de seus progenitores é totalmente sem fundamento. O bioeticista do Centro Hasting resumiu a questão sucintamente, quando observou: “Você não pode clonar um “eu”.8
Mesmo que os clones fossem indivíduos únicos, alguns podem limitar a expressão dessa unicidade. Pode você imaginar o clone de um pianista famoso a gastar horas no teclado com a exclusão de outras ocupações? Estariam algumas pessoas inclinadas a produzir clones para fins comerciais ou sacrificá-los para obter seus órgãos? Nossa opinião é que é moralmente indefensável criar clones para serem usados somente como fontes de órgãos transplantáveis, para exploração comercial ou como instrumentos subservientes. Deveríamos opor-nos fortemente à “modificação” ou “ligação genética” de seres humanos. A clonagem, como todas as tecnologias poderosas, pode ser um instrumento para o bem ou para o mal. Qualquer uso que minasse ou diminuísse a dignidade pessoal ou autonomia de seres humanos deve ser rejeitado.
3. Alívio para o sofrimento humano. A aplicação plena, criativa de nossas mentes e corpos para avançar o ministério benéfico de Cristo é um princípio fundamental da teologia adventista, que se expressa, em parte, em nossos programas mundiais de medicina e educação. Implícita na Grande Comissão está nossa responsabilidade de prevenir e aliviar o sofrimento com os meios à nossa disposição. A clonagem pode ser um instrumento poderoso de cura se permitir que evitemos a transmissão de enfermidades genéticas ou criemos tecidos de substituição e órgãos para reparos ou transplante. Retaugh Dumas, da Universidade de Michigan, expressou uma opinião que pode soar em uníssono com pessoas devotadas ao ministério da cura: “Eu poderia formular um argumento moral de que, se essas técnicas estão disponíveis e não as usamos, estamos em falta com a sociedade”.9
4. Salvaguarda para a estrutura familiar. Durante o anúncio de uma moratória para a clonagem, o presidente dos Estados Unidos expressou a preocupação de que ela tenha “o potencial de ameaçar os sagrados elos da família”. A imagem de crianças produzidas mecanicamente fora do círculo da família é de fato perturbadora. O plano de Deus é que as crianças sejam criadas dentro do contexto da família com a presença, participação e apoio de um pai e uma mãe. Visto que o transplante nuclear pode ser usado para obter a reprodução humana quando outros métodos são ineficazes, devia ser tentado somente dentro do quadro de um casamento fiel e com o apoio de uma família estável. Por essa razão, devem ser evitadas as complicações morais que surgiriam se uma terceira pessoa agisse como substituta para a gestação ou fosse a fonte de material genético.10 A clonagem poderia ser um recurso de última instância para casais que querem ter filhos, mas são incapazes de produzir células germinais normais. Em tais situações, o transplante nuclear serviria como forma avançada de reprodução assistida. Muitos têm proposto o caso hipotético de um casal cujo filho está morrendo, e que quer literalmente substituir a criança. Alguns considerariam isso uma aplicação apropriada de transplante nuclear.
5. Uso inteligente de recursos. Dados os desafios técnicos da clonagem, ela é dispendiosa e provavelmente continuará sendo assim por algum tempo. Um casal americano, por exemplo, pagou 2,3 milhões de dólares para que a Texas A&M University clonasse o seu querido cão Missy. Em sociedades democráticas, as pessoas têm a liberdade de gastar seu dinheiro de milhares de maneiras, inclusive maneiras tolas. Mas os cristãos são exortados a usar seus recursos de um modo que reflita mordomia responsável. Esse compromisso significa pôr o reino de Deus em primeiro lugar. E significa atenção, mesmo com sacrifício, às necessidades dos outros. Assim, os cristãos deveriam calcular as despesas e o custo da clonagem à luz da mordomia fiel.
6. Veracidade. As escrituras ensinam a valorizar a comunicação honesta e veraz. Quando novas tecnologias, como a clonagem, são desenvolvidas, não é fora do comum que alguns entusiastas exagerem os benefícios e subestimem os custos e os riscos. Por outro lado, é uma tentação, para os de opinião contrária, magnificar os riscos e representar mal os objetivos. Os cristãos têm a obrigação de compreender e promover a verdade.
7. Compreensão acerca da criação de Deus. Deus deseja que os seres humanos cresçam em sua apreciação da Criação. Nosso desejo de conhecer o corpo humano e o mecanismo do desenvolvimento humano não é diferente do impulso para investigar outros fenômenos naturais. Deveriam ser encorajados e apoiados os esforços para compreender o mundo ao nosso redor e dentro de nós por pesquisa ética, impulso esse implantado pelo Criador. Para aqueles que são sensíveis aos sinais da mão de Deus no mundo físico, tal conhecimento é evidência de Seu amor e poder.
Existe atualmente um acordo ético generalizado para que a clonagem humana não seja tentada. Os que estão a favor parecem ser poucos. As preocupações com a segurança por si sós deviam ser suficientes para excluir aplicações para humanos, por enquanto. Mas à medida que os biólogos acumulam mais experiência com a clonagem de animais, a técnica ficará mais eficiente e mais barata. As tentativas de clonagem de humanos poderão ser então esperadas.
Os cristãos têm agora uma oportunidade de refletir sobre as questões éticas que a clonagem humana apresenta e considerá-las no contexto de princípios bíblicos permanentes6. Fazer isso é um ato de fé e de maturidade moral.


Anthony J. Zuccarelli (Ph.D., California Institute of Technology) é biólogo molecular e diretor do Programa de Treinamento do Cientista Médico na Universidade de Loma Linda. Seu endereço: Departamento de Microbiologia e Genética Molecular, Loma Linda University; Loma Linda, Califórnia 92350; E.U.A. E-mail: azuccarelli@som.llu.edu


Gerald R. Winslow (Ph.D., Graduate Theological Union, Berkeley), é eticista e Decano da Faculdade de Religião na Universidade de Loma Linda. Seu endereço: Faculty of Religion; Griggs Hall, Loma Linda University; Loma Linda, Califórnia 92350; E.U.A. E-mail: gwinslow@ccmail.llu.edu


Referências
1. I. Wilmut, e outros, “Viable Offspring Derived from Fetal and Adult Mammalian Cells”, Nature 385 (1997), págs. 810-813.
2. D. Ashworth, e outros, “DNA Microsatellite Analisis of Dolly”, Nature 394 (1998), pág. 329.
3. E. N. Signer, e outros, “DNA Fingerprinting Dolly, Nature 394 (1998), págs. 329-330.
4. T. Wakayama, e outros, “Full-term Development of Mice From Enucleated Oocytes Injected With Cumulus Cell Nuclei”, Nature 394 (1998), págs. 369-374.
5. “Adult Cloning Marches on”, Nature 394 (1998), pág. 303.
6. “Human Clonig: A Seventh-day Adventist declaration of ethical principles”. Uma declaração votada pela Comissão da Compreensão Cristã da Vida Humana, março 22-24, 1998 e pela Comissão Administrativa da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Silver Spring, Maryland, 1998.
7. D. Shapiro, e outros, “Cloning Human Beings”. Relatório e Recomendações da National Bioethics Advisory Committee, junho, 1997. http: //bioeethics.gov/pubs.html
8. D. Lutz, “Hello, Hello, Dolly, Dolly”, The Sciences 37 (1997), págs. 10, 11.
9. G. Kolata, “Clinton’s Panel Backs Moratorium on Human Clones”, The New York Times (Maio 18, 1997).
10. “Considerations on Assisted Human Reproduction”. Declaração votada pela Comissão da Compreensão Cristã da Vida Humana, Abril 10-12, 1994 e pela Comissão Administrativa da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo-dia, Silver Spring, Maryland, 26 de julho de 1994.
2- Em grupo nesta semana reunir os códigos de ética e criar um em conjunto. Depois um representante de cada grupo dará um código e criaremos um código único da sala.

Desfrutando a vida com Ele.



Aos alunos do 9º ano A, B e C.

1 - Ler o texto abaixo e fazer um comentário sobre o que entendeu no blog, deixando nome e série ou no caderno.



PESSOAS CALMAS TÊM MENOS RISCO DE DEMÊNCIA


Pessoas mais relaxadas e sem propensão a se estressar podem ter menor probabilidade de desenvolver demência, de acordo com estudo divulgado na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia. A pesquisa envolveu 506 idosos que não sofriam de demência ao serem examinados inicialmente. O grupo recebeu questionários para apurar detalhes sobre sua personalidade e estilo de vida. O estudo concluiu que pessoas mais calmas e relaxadas têm 50% menor risco de desenvolver demência em comparação às pessoas com tendência a se estressar. Os participantes foram acompanhados por seis anos e, durante esse período, 144 deles desenvolveram demência. Nos questionários entregues às pessoas que participaram da pesquisa, as questões relativas à personalidade identificaram pessoas com diferentes graus de estresse. Também foi avaliado o nível de extroversão no diálogo com outras pessoas.Atavés de análises das respostas, os cientistas constataram que as pessoas que não se estressavam com facilidade eram calmas e satisfeitas, enquanto que as que se estressavam facilmente eram emocionalmente instáveis, negativas e ansiosas. Os extrovertidos receberam uma pontuação mais alta no questionário e eram socialmente ativos e otimistas, em comparação a pessoas com pontuação mais baixa, geralmente reservadas e introspectivas. O questionário sobre estilo de vida determinou como cada pessoa participava regularmente em atividades de lazer e sociais. “No passado, estudos mostraram que estresse crônico pode afetar partes do cérebro, tais como o hipocampo, possivelmente levando à demência, mas outros resultados sugeriram que ter uma personalidade calma e extrovertida combinado com um estilo de vida socialmente ativo pode reduzir ainda mais o risco de se desenvolver demência”, disse o autor do estudo, Hui-Xin Wang, do Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia. “A boa notícia é que fatores ligados ao estilo de vida podem ser modificados, ao contrário de fatores genéticos, que não podem ser controlados. Mas estes são resultados preliminares, então ainda não está claro como exatamente a atitude influencia o risco de demência”, disse Wang.

(BBC Brasil)

Nota: “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos. Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor. Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4:4-7). “Deixo-vos a paz, a Minha [de Jesus] paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27).
2 - Em dupla entreviste um psicólogo, médico ou pastor para saber o seguinte:
Médico: Do ponto de vista clínico, qual a importância do arrependimento ? Ajuda na saúde física da pessoa ? Como? Um ato errado não confessado (oculto) pode trazer problemas físicos? Quais?
Psicólogo ou Pastor - Do ponto de vista comportamental ou religioso, qual a importância do arrependimento? Pessoas que reconhecem seu erro e se arrependem são mais felizes e equilibradas que aquelas que não fazem? Por quê? Quais os perigos de carregar uma culpa durante muito tempo? O arrependimento produz alguma mudança mental ou no relacionamento? Qual?
3 - Colocar um verso da bíblia no caderno que fale de perdão ou arrependimento.
BOA SEMANA E QUE DEUS TE ABENÇOE!!!

A História da Humanidade.



Aos alunos do 8º ano A e B

1 - Ler o texto abaixo e deixar um comentário no blog ou colocar a idéia no caderno. Não esquecer de deixar nome e série.


PENTATEUCO: CONFIÁVEL ?




Recentemente, a revista Aventuras na História publicou matéria sobre a Arca da Aliança com título “O último mistério”. Tiago Cordeiro, autor do artigo, em determinado momento afirma que “a Torah (Pentateuco) foi elaborada provavelmente entre os séculos VII e V a.C., muito tempo depois dos eventos narrados”. O assunto não pára por aí. Num curso de egiptologia numa renomada faculdade do Brasil, o professor disse que comparava o Antigo Testamento (AT) a uma brincadeira de telefone sem fio! Por outro lado, quando lemos esta porção bíblica, o Pentateuco, encontramos algumas informações históricas dignas confirmadas pela arqueologia e que ajudam a datá-la em determinado momento da história.Vamos por partes. A língua em que foi escrito o pentateuco foi o hebraico. Algumas palavras usadas pelo seu autor são claramente egípcias. O termo "selo", por exemplo, que aparece em Gênesis 41:42 em hebraico é hotam, já em egípcio é hetem. A palavra hebraica, na passagem referida acima, para linho fino na língua do AT é shesh e em egípcio é shash. Não são apenas esses casos, existem outros mais. É importante mencionarmos que esse intercâmbio entre essas duas línguas não aparece nos outros livros do AT. A evidência não para por aí. Diversos nomes mencionados na narrativa hebraica são claramente egípcios. O próprio nome Moisés é derivado do verbo egípcio mase (nascer). O nome Merari (Nm 3:17) vem da palavra egípcia mer, que significa amado. Hofni e Finéias também são nomes egípcios, sendo este último relacionado com um sacerdote no país dos faraós.Somos levados a duas conclusões até agora: (1) o autor do pentateuco conhecia bem a língua egípcia e, segundo a tradição judaico-cristã, esse autor foi Moisés (cf. At 7:22; (2) os nomes egípcios entre o povo de Israel sugerem que eles, os israelitas, estiveram ali em algum período do passado. Se não fosse assim, como esses nomes surgiriam naquela nação? Curiosamente, o apogeu da língua egípcia se deu na metade do II milênio a.C., entre os séculos XVI e XIV a.C., não em torno dos séculos VII – V a.C. Se os cinco primeiro livros da Bíblia foram escritos nessa época, por que existe neles similaridade de nomes e palavras egípcias?Diversos outros nomes importantes para o início da nação israelita são bem documentados em fontes arqueológicas. O nome Jacó, por exemplo, aparece em conexão com o nome de um chefe hykso (Ya‘qub-el), num texto do século XIII a.C. encontrado em Chagar-Bazar, na Alta Mesopotâmia. Já o nome Abraão, o pai dos patriarcas, surge entre os mais de 15 mil tabletes encontrados nas ruínas da antiga cidade de Ebla, na Síria. A grafia Aba-am-ra-am é muito próxima do hebraico ‘avraham. Os tabletes encontrados ali por Paolo Mathiae e G. Petinatto são datados seguramente entre 2500 e 2000 a.C.O nome Terah, o mesmo nome do pai de Abraão, aparece em textos assírios do fim do III milênio a.C., com a grafia Til Turakhi. O nome de alguns dos filhos de Jacó, como por exemplo Benjamin, possui correspondente acadiano (binu-yamin, povos do sul) e é também atestado no início do II milêncio a.C. Já Aser e Issacar são encontrados numa lista egípcia do XVIII século a.C. De forma significativa, esses nomes diminuem sua freqüência ou desaparecem por volta dos séculos VII – V a.C. Isso é no mínimo intrigante! Diante dessas evidências, somos levados a considerar alguns pontos: (1) Os nomes dos patriarcas bíblicos mencionados no livro de Gênesis são atestados em diversos documentos antigos, mas isso não prova que o Abraão e o Jacó bíblicos existiram; (2) esses nomes eram comuns na época em que o AT menciona a existência dessas pessoas, não nos séculos VII - V a.C. Se o AT é comparado ao telefone sem fio, pelo menos nesse ponto a brincadeira não funcionou e não teve graça, já que seu conteúdo chegou idêntico para nós!Esse é o limite da arqueologia bíblica. Ela consegue recriar um pano de fundo histórico coerente com aquele que a Bíblia narra. Por outro lado, ela não prova a ocorrência de fatos que demandam fé. Uma pergunta porém não quer calar: Se o ambiente histórico do AT é digno de confiança, por que os eventos que relacionam o homem com seu Criador não seriam? Algo a ser pensar.
Luiz Gustavo Assis é aluno do 4º ano de Teologia na Faculdade Adventista de Teologia, campus Engenheiro Coelho.
2 - Pesquisar e por no caderno, sobre como as seguintes religiões entendem a criação do mundo:
a) Cristianismo
b) Budismo
c) Islamismo
d) Hinduísmo
3 - Em 10 linhas no caderno descrever como seria o mundo se você pudesse modificá-lo hoje?
BOA SEMANA E QUE DEUS TE ABENÇOE!

BATISMO DE JESUS.



Aos alunos do 7ºano B.

ATIVIDADES SEMANA - 09/03/09 á 13/03/09

1 - Ler o texto abaixo deixar o seu nome no comentário e série. E no caderno escrever a idéia central.


Nadadeiras de baleias e golfinhos inspiram turbina


Aerodinâmica é o estudo de como o ar se comporta em movimento e as forças que ele exerce sobre objetos sólidos. Hidrodinâmica é algo parecido, mas, como o nome mesmo diz, se relaciona a objetos em movimento na água. Os engenheiros estão sempre tentando melhorar a aerodinâmica de carros e aviões e a hidrodinâmica de navios. Cientistas norte-americanos descobriram um novo jeito de fazer isso: imitar as barbatanas, nadadeiras e caudas das baleias e dos golfinhos. E as observações deles possibilitaram desenvolver até mesmo um novo gerador eólico (movido pelo vento), mais eficiente e mais silencioso.Os golfinhos são exímios nadadores porque são capazes de diminuir o arrasto (força de resistência ao avanço) e o consumo de energia necessária para nadar, isto é, o design deles é perfeito! E mais: enquanto os projetos de engenharia humana têm pouco mais de um século, os golfinhos e as baleias dão um show de hidrodinâmica há milênios. Segundo o site Inovação tecnológica, as novas pás das gigantescas hélices que fazem girar as turbinas em um gerador eólico foram totalmente redesenhadas a partir da observação das nadadeiras das baleias corcundas. A pesquisa estuda os vórtices, formações em formato de funil que surgem na trilha das baleias e dos golfinhos. Os golfinhos formam esses vórtices durante os ciclos de levantar e abaixar da cauda, o que gera uma espécie de jato no rastro do golfinho que o impulsiona fortemente para frente. O animal consegue regular a geração desses vórtices variando a velocidade do movimento de sua cauda – aumentando as batidas da cauda ele gasta mais energia, mas ganha velocidade, enquanto diminuindo-as ele nada mais lentamente e economiza energia.Como o golfinho nasce sabendo utilizar essa vantagem anatômica? Quem é o responsável por esse design perfeito? Levante os olhos da água para o céu e você terá a resposta.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).






2 - No caderno pesquisar como é o rito de batismo das seguintes religiões:





a) Igreja Católica Romana


b) Igreja Batista


c) Igreja Presbiteriana


d) Igreja Adventista


e) Igreja Congregação Cristã


f) Igreja Assembléia de Deus





3 - Traduzir para o Inglês ou espanhol e colocar no caderno um dos seguintes versos:





a) João 3:16


b) Salmo 23:1


c) Salmo 46:1


d) Salmo 37:5


e) Filipenses 4:13