segunda-feira, 2 de novembro de 2009

“O Menestrel” (William Shakespeare)

“Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos paradestruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez
que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que
o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve. Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você
cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.”

sexta-feira, 10 de abril de 2009

ELE PODE RESOLVER SEU PROBLEMA.

Que este dia possa significar entrega a Ele, pois tudo de si ofereceu em nosso favor.

Mateus 11:28 e 29.

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu
jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve".

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Arqueólogos iraquianos trazem á tona tesouros da Babilônia


Por Khalid al-Ansary

Em Bagdá


Arqueólogos iraquianos descobriram 4.000 artefatos, em sua maioria da antiguidade babilônia, incluindo carimbos reais, talismãs e tabuletas de argila marcadas em escrita cuneiforme sumeriana, a mais antiga forma conhecida de escrita.O Ministério do Turismo e das Antiguidades anunciou na quarta-feira que os tesouros foram encontrados após dois anos de escavações em 20 lugares diferentes nas regiões entre os rios Tigre e Eufrates, a terra descrita pelos gregos da antiguidade como Mesopotâmia.


Além de artefatos babilônios, foram encontrados artefatos do império persa da antiguidade e outros de cidades islâmicas medievais, mais recentes."Os resultados destas escavações indicam que as antiguidades iraquianas não vão se esgotar no futuro próximo", disse um porta-voz do Ministério do Turismo e das Antiguidades, Abdul-Zahra al Telagani.


"Eles também nos incentivam a continuar o trabalho de reabilitação de nossos sítios antigos, para convertê-los em atrações turísticas."Os artefatos serão transferidos para o Museu Nacional em Bagdá, que precisa ser reabastecido desde que saqueadores roubaram dele aproximadamente 15 mil artefatos após a invasão de 2003 liderada pelos EUA.


Desde então, cerca de 6.000 dos itens roubados foram devolvidos.Situado no coração de uma região descrita pelos historiadores como berço da civilização, o Iraque espera que a redução da violência para níveis não vistos desde o final de 2003 incentive turistas a visitar seus sítios antigos.Alguns dos destaques potenciais incluem a cidade bíblica da Babilônia, famosa por seus Jardins Suspensos, a cidade assíria de Nínive, ao norte, relíquias de muitas cidadelas islâmicas medievais e alguns dos santuários e mesquitas mais sagrados do islã xiita.


O Iraque recebeu o primeiro grupo de turistas ocidentais no mês passado, e as autoridades esperam que venham outros.Abbas Fadhil, chefe da equipe responsável pelas escavações, acha que alguns dos artefatos encontrados podem ter significado enorme.Dos dois talismãs raros encontrados, um mostra um rosto esculpido em estilo sumeriano, emoldurado por um triângulo. O outro é uma pedra vermelha com um antílope correndo gravado nela.


Qais Hussein Rasheed, diretor interino do comitê de antiguidades e patrimônio histórico, disse a jornalistas que o país ainda tem um problema sério com saqueadores assaltando sítios arqueológicos."Esses sítios são vulneráveis a roubos intermináveis cometidos por ladrões, contrabandistas e quadrilhas organizadas, porque não são protegidos", disse ele.

"Pedimos aos ministérios relevantes que mandem policiais para vigiá-los, mas não recebemos muitos até agora."

domingo, 29 de março de 2009

Refeição em família afasta meninas das drogas.


Fazer as refeições em família pode reduzir o risco de as meninas se envolverem com álcool ou drogas, segundo estudo da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. De acordo com os autores, em famílias que têm pelo menos cinco refeições por semana juntos, as meninas são menos propensas a consumir bebidas alcoólicas e a fumar cigarro comum e maconha até cinco anos mais tarde. A pesquisa avaliou 806 jovens do estado de Minnesota quanto à freqüência das refeições em família e ao uso de drogas, primeiramente no período entre 1998 e 1999, quando tinham 13 anos de idade; e acompanhou as jovens por cinco anos.


Com 18 anos de idade, as garotas que tinham cinco ou mais refeições em família por semana tinham menos probabilidade de se envolver com drogas, incluindo bebidas e cigarro. E o mesmo efeito não foi observado entre os rapazes.


"Uma das descobertas-chave que tivemos é para as garotas", disseram os autores. "Descobrimos que garotas com refeições regulares em família têm metade da probabilidade de iniciar o uso de cigarros, álcool e maconha em um período de cinco anos.


"Além disso, análises anteriores nos mesmos voluntários indicaram uma associação entre refeições familiares e menor risco de problemas alimentares, principalmente entre as meninas. Outra pesquisa dos mesmos especialistas estabelece essa associação com um menor risco de problemas como violência e abuso de drogas, e de problemas escolares em meninos e meninas.


Enquanto os autores não sabem explicar por que essas refeições em família não mantêm os rapazes longe do álcool e das drogas, eles recomendam que os pais utilizem outras estratégias para os meninos, como conversas breves sobre os riscos do abuso de drogas.


(HealthDay, 23 de julho de 2008)


Colaboração: Cláudio Lima

Olha o que uma brincadeira pode causar.

Ao brincarmos devemos sempre levar em conta o seguinte, nem todos sabe brincar!!!!

Cientista britâncio prevê catástrofe mundial em 2030


O aumento da população mundial e das demandas por água, energia e alimentos poderão provocar uma “catástrofe” em 2030, segundo previsões do principal conselheiro científico do governo britânico. John Beddington descreveu a situação como uma “tempestade perfeita”, termo usado quando uma combinação de fatores torna uma tempestade que, por si só, não teria tanto efeito, em algo muito mais poderoso. A analogia também é usada para descrever crises econômicas. Segundo Beddington, com a população mundial estimada em 8,3 bilhões de pessoas em 2030, a demanda por alimentos e energia deve aumentar em 50%, e por água potável deve aumentar em 30%. As mudanças climáticas devem piorar ainda mais a situação, vai advertir o cientista nesta quinta-feira, na conferência Desenvolvimento Sustentável RU 09, em Londres.


“Não vai haver um colapso total, mas as coisas vão começar a ficar realmente preocupantes se não combatermos esses problemas”, afirma Beddington. Segundo ele, esta crise por recursos vai ser equivalente à atual crise no setor bancário. “Minha principal preocupação é com o que vai ocorrer internacionalmente, vai haver falta de alimentos e de água”, prevê o cientista. “Nós somos relativamente sortudos no Reino Unido; pode não haver falta, mas podemos esperar um aumento de preço dos alimentos e de energia.”


O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) prevê falta de água generalizada na África, Ásia e Europa até 2025. A quantia de água potável disponível por habitante deve diminuir dramaticamente nesse período. A questão da segurança alimentar e energia chegou a entrar no topo da agenda política no ano passado, durante a alta do preço do petróleo e de commodities. (...)




Nota: As profecias bíblicas preveem um cenário cada vez mais caótico: aumento de conflitos, terremotos, calamidades climáticas, desigualdade social, fome e doenças. Apesar disso, a boa notícia é que essas são as dores finais que precedem o parto. Jesus breve voltará! E as pedras vão clamando....[MB]

3 º Ano A e B

Atividades a serem entregues até 03/04/09.

Ano Bíblico
1- João 1:1-5
2- João 1:6-10
3- João 1:11-15
4- João 1:16-20
5- João 1:21-25
6- João 1:26-30
7- João 1:31-35
8- João 1:36-40
9- Pesquisa conceitos
10- 2 Profeicas bíblicas uma realizada e outra não
11- Resumo das principais idéias dos capitulos 1, 2 e 3
12- Atividade escrita 1
13- Diretas bíblica
14- Caderno completo com versos e frases
15- Argumentos científicos
16- Exercícios do blog
17- Boa notícia
18- Participação
19- Pesquisa profetas

2 º Ano A e B

Atividades a serem entregues até 03/04/09.

Ano Bíblico
1- Lucas 1:1-5
2- Lucas 1:6-10
3- Lucas 1:11-15
4- Lucas 1:16-20
5- Lucas 1:21-25
6- Lucas 1:26-30
7- Mateus 1:31-35
8- Mateus 1:36-40
9- Pesquisa de conceitos
10- 3 tentações de Jesus
11- Atributos de Deus Pai e Deus Filho
12- Resumo das principais idéias dos capitulos 1, 2 e 3
13- Atividade escrita 1
14- Diretas bíblica
15- Caderno completo com versos e frases
16- Argumentos científicos
17- Exercícios do blog
18- Boa notícia
19- Participação
20- Atividade escrita 2

1º Ano Médio A e B

Atividades a serem entregues até 03/04/09.

Ano Bíblico
1- Mateus 1:1-5
2- Mateus 1:6-10
3- Mateus 1:11-15
4- Mateus 1:16-20
5- Mateus 1:21-25
6- Mateus 2:1-5
7- Mateus 2:6-10
8- Mateus 2:11-15
9- Código Ética Modelo
10- Código de Ética Pessoal
11- Pesquisa sobre pós modernismo
12- Pesquisa sobre ética e moral
13- Responder as questões dos módulos 1, 2 e 3
14- Dominox Bíblico
15- Caderno completo com versos e frases
16- Pesquisa sobre Intelectuais da fé
17- Argumentos científicos
18- Exercicios do Blog
19- Boa notícia
20- Participação
21- Atividade escrita

Atividades Bimestral 9º A, B e C

Atividades a serem entregues até 03/04/09.

1- Pesquisa sobre o que é pecado?

Ano Bíblico
2- Gênesis 1:1-5
3- Êxodo 1:1-5
4- Josué 1:1-5
5- Juízes 1:1-5
6- Rute 1:1-5
7- I Samuel 1:1-5
8- II Samuel 1:1-5
9- Eclesiastes 1:1-5
10- Exercícios dos capítulos 1, 2, 3 e 4
11- Fala sério no caderno pgs 14, 20, 27 e 35
12- Diretas Bíblicas
13- Caderno completo com versos
14- Resenha dos capítuos 1, 2 e 3
15- Participação peça
16- Exercícios do Bbog
17- Boa notícia
18-Atividade escrita

Aos alunos do 9º ano A, B e C.

1 - Ler o texto abaixo e fazer um comentário sobre o que entendeu no blog, deixando nome e série ou no caderno.

PESSOAS CALMAS TÊM MENOS RISCO DE DEMÊNCIA

Pessoas mais relaxadas e sem propensão a se estressar podem ter menor probabilidade de desenvolver demência, de acordo com estudo divulgado na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia. A pesquisa envolveu 506 idosos que não sofriam de demência ao serem examinados inicialmente. O grupo recebeu questionários para apurar detalhes sobre sua personalidade e estilo de vida. O estudo concluiu que pessoas mais calmas e relaxadas têm 50% menor risco de desenvolver demência em comparação às pessoas com tendência a se estressar. Os participantes foram acompanhados por seis anos e, durante esse período, 144 deles desenvolveram demência. Nos questionários entregues às pessoas que participaram da pesquisa, as questões relativas à personalidade identificaram pessoas com diferentes graus de estresse. Também foi avaliado o nível de extroversão no diálogo com outras pessoas.Atavés de análises das respostas, os cientistas constataram que as pessoas que não se estressavam com facilidade eram calmas e satisfeitas, enquanto que as que se estressavam facilmente eram emocionalmente instáveis, negativas e ansiosas. Os extrovertidos receberam uma pontuação mais alta no questionário e eram socialmente ativos e otimistas, em comparação a pessoas com pontuação mais baixa, geralmente reservadas e introspectivas. O questionário sobre estilo de vida determinou como cada pessoa participava regularmente em atividades de lazer e sociais. “No passado, estudos mostraram que estresse crônico pode afetar partes do cérebro, tais como o hipocampo, possivelmente levando à demência, mas outros resultados sugeriram que ter uma personalidade calma e extrovertida combinado com um estilo de vida socialmente ativo pode reduzir ainda mais o risco de se desenvolver demência”, disse o autor do estudo, Hui-Xin Wang, do Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia. “A boa notícia é que fatores ligados ao estilo de vida podem ser modificados, ao contrário de fatores genéticos, que não podem ser controlados. Mas estes são resultados preliminares, então ainda não está claro como exatamente a atitude influencia o risco de demência”, disse Wang.

(BBC Brasil)

Nota: “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos. Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor. Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4:4-7). “Deixo-vos a paz, a Minha [de Jesus] paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27).


2 - Em dupla entreviste um psicólogo, médico ou pastor para saber o seguinte:
Médico: Do ponto de vista clínico, qual a importância do arrependimento ? Ajuda na saúde física da pessoa ? Como? Um ato errado não confessado (oculto) pode trazer problemas físicos? Quais?
Psicólogo ou Pastor - Do ponto de vista comportamental ou religioso, qual a importância do arrependimento? Pessoas que reconhecem seu erro e se arrependem são mais felizes e equilibradas que aquelas que não fazem? Por quê? Quais os perigos de carregar uma culpa durante muito tempo? O arrependimento produz alguma mudança mental ou no relacionamento? Qual?


3 - Colocar um verso da bíblia no caderno que fale de perdão ou arrependimento.

BOA SEMANA E QUE DEUS TE ABENÇOE!!!

ATIVIDADE BIMESTRAL 8º A e B.

Atividades a serem entregues até o dia 03/04/09.

1- Pesquisa sobre o que é pecado e harmonia ?
Ano Bíblico
2- Gênesis 1:1-5
3- Êxodo 1:1-5
4- Josué 1:1-5
5- Juízes 1:1-5
6- Rute 1:1-5
7- I Samuel 1:1-5
8- II Samuel 1:1-5
9- Exercícios dos capítulos 1,2,3 e 4
10- Fala sério no caderno pgs 14, 20, 27 e 35
11- Dominox bíblico
12- Caderno completo com versos
13 - Exercícios do blog
14- Atividade escrita
15- Boa notícia
16- Participação

ATIVIDADES BIMESTRAL 7º B

Atividades a serem entregues até 03/04/09.

1- Pesquisa sobre o que é pecado?
Ano Bíblico
2- Gênesis 1:1-5
3- Êxodo 1:1-5
4- Josué 1:1-5
5- Juízes 1:1-5
6- Rute 1:1-5
7- I Samuel 1:1-5
8- II Samuel 1:1-5
9- Exercícios dos capítulos 1, 2, 3 e 4
10- Fala sério no caderno pgs 23, 31 e 38
11- Dominox Bíblico
12- Caderno completo com versos
13- Pesquisa sobre a cidade de nazaré e belém
14- Pesquisa sobre os gansos
15- Exercicios do Blog
16- Boa notícia
17- Participação
18- Atividade Escrita

domingo, 22 de março de 2009

Dicas de Insucesso


1. Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.


2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder, também aos domingos.


3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.


4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.


5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios, etc.


6. Não se dê ao luxo de desjejum ou uma refeição tranquila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.


7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.


8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro.


9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.


10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e antiácidos. Eles vão lhe deixar “tinindo”.


11. Se tiver dificuldades para dormir, não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.


12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isso é para crédulos e tolos sensíveis.


Repita para si: Eu não perco tempo com bobagens.


FONTE: www.criacionista.blogspot.com

Preocupação com a beleza torna as mulheres infelizes


Que o Brasil é um dos países que mais realiza cirurgias plásticas no mundo não restam dúvidas. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica revelou que, entre setembro de 2007 e agosto de 2008, foram feitos 1.252 procedimentos estéticos por dia no país. As mulheres são as que mais procuram esse tipo de tratamento. O levantamento, realizado pelo Datafolha, também mostrou que das 457 mil cirurgias realizadas no mesmo período, 402 mil foram feitas em mulheres. E o que elas mais buscaram foram peitos maiores: foram implantadas próteses de silicone em 96 mil mulheres, muitas delas menores de 18 anos.


Para Rachel Moreno, autora do livro A Beleza Impossível, essa busca incansável por uma imagem inatingível deve-se principalmente ao padrão imposto pela mídia, que desconsidera a diversidade. E é bem fácil determinar esse padrão de beleza: “a mulher ideal é jovem, branca, magra e de preferência com cabelo loiro e liso”, define a psicóloga.


Rachel ainda diz que a forma como essas mulheres são representadas reforça essa imagem como algo positivo. “Na novela, elas representam valores do século passado: enquanto a bonitinha é recompensada com casamento, a que não segue o padrão é punida de alguma forma”, exemplifica.


Com a reprodução desses modelos, a mulher se torna mais insatisfeita com sua imagem e apresenta problemas de auto-estima. “A maioria das brasileiras mudaria alguma coisa em seu corpo. Não é normal que a maior parte da população esteja insatisfeita”, comenta.


Para a psicóloga, ser saudável e realizada em outros campos deveria ser o padrão buscado pelas mulheres. “No fim das contas, somos interessantes pelo que nos diferencia”, diz. (...)




Colaboração: Fernando Machado


Nota: “Não procure ficar bonita usando enfeites, penteados exagerados, jóias ou vestidos caros. Pelo contrário, a beleza de você deve estar no coração, pois ela não se perde; ela é a beleza de um espírito calmo e delicado, que tem muito valor para Deus” (1 Pedro 3:3 e 4, NTLH).


domingo, 15 de março de 2009

As 3 faces do amor!!


As três faces do amor


Len McMillan


A carta de amor, talvez a mais longa e mais simples, foi composta em 1875 por Mareei de Leclure, um pintor francês. Sua peça de amor continha uma frase: Eu a amo! 1.875.000 vezes. Mas este número representa apenas uma pequena parte das vezes que Eu a amo foi escrita ou falada na produção desta carta fora do comum. Mareei não escreveu a carta ele mesmo, mas contratou um escriba para escrevê-la. Segundo a tradição, Mareei ditou a carta, palavra por palavra. O escriba então repetiu cada frase para ele ao pô-la no papel. A frase Eu a amo! foi com efeito falada ou escrita 5.625.000 vezes durante a composição desta longa carta. Mareei estava apaixonado e queria que sua namorada soubesse!
Todos nós queremos ser amados. Nossa carência de amor é tão grande que ficamos frustrados e inseguros se nossa carência de amor não é satisfeita. Mas que é amor? Sugiro que há pelo menos três faces do amor à medida que ele amadurece.: a face "se", a face "porque", a face "apesar de". Estas faces surgem, conforme a nossa carência, os nossos desejos e as nossas motivações.


A face "se"


A face "se" é a mais fácil de reconhecer. A maior parte de nós já viu esta face do amor muitas vezes. Pelo melhor ela é manipulatória e pelo pior é destrutiva.
Wendy tinha 18 anos.* Ela estava assentada do outro lado da mesa com sua filhinha de dois anos no colo. Contou-me sua triste história do amor "se". Seu namorado a manipulou a ter sexo. Ele insistia: "Se você realmente me ama, é aceitável." Ela eventualmente cedeu. Wendy engravidou, e os pais do rapaz o forçaram a casar-se com ela. Agora ele vive correndo atrás de mulheres. Ela se tornou apenas sua governanta da casa e a babá. "Perdi todos os anos de minha adolescência!" soluçou, escondendo o rosto nas mãos.
Wendy sente profundamente o que seu marido lhe fez. Sente-se roubada e sem valor. Sente que foi forçada a se tornar mãe. Sua auto-estima é baixa; sua vida é miserável. Reconheceu demasiado tarde a face enganosa do amor "se".
Muitos casamentos têm como fundamento este tipo de amor. O amor "se" pode exercer uma força tão esmagadora que alguns deixam de reconhecer seu engano. O alvo primário deste amor não é a outra pessoa, mas o eu. O amor "se" se interessa apenas em satisfazer suas próprias necessidades e desejos. Muitos jovens são apanhados neste impulso egoísta de satisfação própria e reconhecem tarde demais que foram enganados.
Tragicamente, muitos pais oferecem apenas a face "se" do amor a seus filhos. Harry cometeu suicídio porque foi reprovado no vestibular de medicina. O amor "se" do pai alimentou sua depressão. Harry sabia quanto seu pai queria que ele fosse médico. Estava convencido de que se ele não conseguisse sê-lo, seu pai o rejeitaria. De preferência a testemunhar que seu pai não mais o amava, o jovem suicidou-se.


A face "porque"


A face "porque" do amor opera num nível mais agradável do que a face "se". Esta face valoriza a outra pessoa. Ela diz: "Eu a amo porque você é sensual; porque você é um 'doce'; porque você escreve poesia romântica; porque você trás segurança à minha vida; porque você tem boa prosa; porque você dirige um carro de classe" e assim por diante. Por alguma razão qualquer, o amor "porque" escolhe olhar uma segunda vez e avaliar o objeto de seu olhar. Oferece afagos positivos à pessoa sendo amada.
Não obstante, a face "porque" tende a promover competição e insegurança. Os que são objetos do amor "porque" sentem que precisam provar continuamente que são dignos de amor. Receiam perder a qualidade que os tomam amados. Uma jovem é amada porque é bonita. Um jovem é amado porque é atlético e bonito. Em alguns casos, o receio de rejeição futura pode mesmo impedir de desfrutar a face "porque" do amor no presente. As Escrituras nos lembram: "No amor não existe medo; antes o perfeito amor lança fora o medo. Pois o amor tem que ver com punição; logo aquele que teme não é aperfeiçoado no amor"(I João 4:18). Temor e amor não podem coexistir na mesma relação. Um amor que cria receio de fracasso não é verdadeiro amor.
Judy era jovem e bela. Tinha ganho muitos concursos de beleza no ginásio e era uma das meninas mais populares no campus da faculdade. Era noiva de um rapaz simpático. Mas um dia a tragédia ocorreu. Ao trabalhar na tinturaria de seu pai, o fluido inflamável explodiu e queimou seu rosto, peito e braços. Ficou tão desfigurada que não permitia que as ligaduras fossem removidas exceto na presença de seu médico.
Pouco depois do acidente seu noivo rompeu o noivado. Seus pais não podiam contemplar sua "rainha de beleza" desfigurada e raramente a visitavam no hospital. Mesmo quando falavam com ela pelo telefone, não era como antes. Dentro de poucos meses Judy faleceu, sem ter deixado o quarto do hospital. Não de complicações. Simplesmente desistiu de viver, pois a razão por que era amada foi-lhe tirada. Sua beleza foi-se.


A face "apesar de"


Esta espécie de amor simplesmente ama. Diferente da face "se", esta face não é baseada em motivação egoísta. Nada espera em troca. Diferente da face "porque", não depende do aspeto atrativo da outra pessoa. Olha além das boas e más qualidades e fita a alma. É capaz de amar mesmo quando rejeitada. Vê o belo no feio. Descobre valor infinito num ser finito. Olha com amor a todos a seu redor.
Onde achamos uma face tão amável? A expressão máxima deste amor é Jesus. Ele veio para amar a humanidade apesar de tudo. Veio para introduzir uma face de amor que faltava desde o Jardim do Éden. Trouxa a esta terra um amor incondicional, sem temores ou motivação egoísta.
Jesus não trouxe uma face do amor que diz: "Eu o amarei se você for uma boa pessoa. Eu o amarei se você me adorar. Eu o amarei se for um dizimista fiel." Nem trouxe Ele uma face do amor que arrazoa: "Eu o amo porque você ora cada dia. Eu o amo porque você vai à igreja cada semana." Tudo isto mede nosso amor a Deus, mas não mede o amor de Deus por nós.
Deus não impôs condições a Seu amor. Com efeito, "Deus prova seu próprio amor para conosco, pelo fato de Cristo ter morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8). Deus não espera até merecermos ser amados. Não há "se" nem "porque" no amor de Deus. Ele simplesmente ama! Ele é amor! Este amor continua ainda que não o mereçamos.
Jesus demonstrou o poder do amor tipo "apesar de" quando chorou pela morte de Lázaro. Os que o viram chorando disseram: "Vede quanto o amava!" (João 11:36). Isto era amor a despeito do que Lázaro fosse. Lázaro não merecia ser ressuscitado, mas Jesus o amava o bastante para chamá-lo da sepultura.


Que face é sua face?


Que face do amor você prefere? A face "se", com sua natureza manipulatória? A face "porque", que precisa ser ganha de novo cada dia? Ou a face "apesar de", que continua a amá-lo mesmo quando você parece não ser digno de amor?
Seria difícil imaginar um jovem propondo a sua namorada deste modo: "Benzinho, quero que você saiba que eu a amo apesar de suas muitas faltas. Eu a amo apesar de seus dentes tortos. Eu a amo apesar de sua disposição irritada. Eu a amo apesar de..." Não levaria muitos "apesar de" antes da relação chegar a um fim traumático. Poucos realmente querem ser amados "apesar de". Preferiríamos ser amados "por causa de".
Contudo, oculta atrás da face do amor "porque" está a raiz de todo legalismo religioso. Muitos querem que Deus os ame "porque" e não "apesar de". Por certo nossas boas obras devem valer algo. Por certo estas obras devem ao menos obter um apartamento com uma vista sobre a principal avenida do céu. É-nos difícil admitir que nada trazemos à relação exceto nossa carência. É-nos difícil compreender que Deus não tem razão para nos amar, mas Ele nos ama! É-nos difícil compreender que quaisquer mudanças que esta nova relação introduz em nossa vida sejam resultado direto de Seu amor "a despeito de" e não a causa de Seu amor. Precisamos reconhecer que nada que façamos fará com que Deus nos ame mais do que já nos ama. Deus é amor!
Jesus pleiteia conosco, "Assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros" (João 13:34). Este é realmente um mandamento fortalecido por um amor "apesar de". Somente uma tal dinâmica podia dar uma tal ordem e esperar obediência. Aprender a descansar no amor de Deus não significa ser relaxado em manter Suas normas. Ao contrário, significa ter confiança que "nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 8:38, 39).
O significado deste amor
Que significa ter e dar amor "apesar de"? Significa que você pode permitir que Cristo remodele sua vida sem a preocupação de que algum dia Cristo abandone Seu projeto de remodelação! Lança fora a insegurança e o medo de fracasso. Remove a ansiedade de rejeição. Significa que a gente não mais precisa competir ferozmente a fim de sentir-se amado. Não descredita o outro a fim de aumentar sua própria credibilidade. Não barganha com Deus a fim de ganhar Seu amor. Reconhece que Deus já nos viu em nosso pior e ainda nos ama. Significa não estar sob tensão constante ou não exigir nossos direitos por causa de nossa insegurança. Significa que podemos começar a partilhar amor do tipo "apesar de" com nossa família, amigos, vizinhos, colegas, membros de nossa igreja e até com aquela pessoa especial em nossas vidas.
Tammy era uma bela jovem esposa. Sempre tinha um sorriso prazenteiro. Agora ela jazia numa cama de hospital, depois de cirurgia para remover um tumor canceroso de seu rosto. A cirurgia tinha dado uma aparência grotesca a seu rosto, e seu sorriso jovial desapareceu para sempre. O cirurgião tinha feito seu melhor, seguindo cuidadosamente a curva de seu maxilar para esconder a cicatriz, mas o tumor era muito grande e a incisão profunda demais. Seu bisturi tinha cortado os nervos do lado direito de seu rosto. A operação tinha deixado o lado direito de sua boca repuxado num meio sorriso imóvel.
A jovem e seu marido fitaram o fundo do olho um do outro ao discutirem o futuro. Quando o cirurgião entrou, Tammy perguntou: "Minha boca será sempre assim?"
"Sim", respondeu o médico. "Receio que será. Para remover o tumor tive de cortar os nervos. Talvez nunca voltem a crescer. Sinto muito."
Tammy fitou o teto. Uma lágrima brotou de seu olho e deslizou silenciosamente em seu travesseiro. O marido tomou sua mão entre as suas. Seus olhos se encontraram, sondando e perguntando. Com um sorriso largo ele lhe assegurou amavelmente: "Benzinho, realmente gosto de seu sorriso. É gracioso."
Não é extraordinário saber que Deus ainda nos ama apesar de nosso sorriso torto?


Len McMilllan (Ph.D., Ephraim Moore University) é diretor de vida de família no Pacific Health Education Center; 5300 Califórnia Avenue, Suite 200: Bakersfield, CA 93309; E.U.A.*0s nomes usados neste artigo são fictícios para preservar a privacidade das pessoas em questão.

A Bíblia e o Suicidio







Angel Manuel Rodriguez




Um de meus melhores amigos cometeu suicídio recentemente, deixando-nos todos muito chocados e tristes. O que a Bíblia diz acerca do suicídio?
O suicídio é normalmente definido como o ato de tirar a própria vida. As cicatrizes emocionais deixadas na família e amigos são profundas e produzem não apenas sentimentos de solidão, mas particularmente senso de culpa e desnorteamento. No provimento de uma resposta, terei de limitar meus comentários a algumas sucintas observações.
Temos primeiro de distinguir entre suicídio e martírio, que é a disposição de dar a própria vida por convicções fundamentais consideradas inegociáveis, e atos heróicos de auto-sacrifício que resultam na preservação de outras vidas (por exemplo, um soldado lançando-se sobre uma granada para salvar outros). Conquanto o suicídio seja essencialmente uma negação do valor da vida presente e a solução extrema para uma existência tida como insuportável, os demais casos são expressões de respeito e amor à vida.


Vou relacionar os casos ou tentativas de suicídio registrados na Bíblia, extrair algumas conclusões e então fazer comentários gerais.


1. Casos de suicídio na Bíblia: Abimeleque, ferido mortalmente por uma pedra de moinho lançada contra ele por uma mulher, pediu ao seu escudeiro que o matasse para evitar a vergonha (Juízes 9:54). Saul, depois de haver sido gravemente ferido em batalha, tirou a própria vida (I Samuel 31:4). Vendo o que o rei fizera, seu escudeiro “jogou-se também sobre sua espada e morreu com ele” (verso 5, NVI). Essas mortes foram motivadas pelo temor daquilo que o inimigo lhes poderia fazer. Aitofel, um dos conselheiros de Absalão, enforcou-se depois de saber que o rei rejeitara seu conselho (II Samuel 17:23). Zinri tornou-se rei depois de um golpe de Estado, mas ao perceber que o povo não o apoiava, foi “à cidadela do palácio real e incendiou o palácio em torno de si e morreu” (I Reis 16:18, NVI). Judas ficou tão desorientado emocionalmente depois de haver traído Jesus, que acabou se enforcando (Mateus 27:5). Sansão tirou a própria vida e a de muitos proeminentes inimigos ao fazer com que um edifício todo ruísse (Juízes 16:29-30). Depois do terremoto, o carcereiro de Filipos pensou que os prisioneiros haviam fugido e tentou se matar por temor, mas Paulo convenceu-o a não fazê-lo (Atos 16:26-28).


2. Conclusões sobre os incidentes bíblicos: Nos incidentes mencionados acima, notamos muitas coisas. Primeiro, a maioria dos suicídios aconteceu no contexto de guerra, no qual tirar a própria vida foi o resultado de temor ou vergonha.


Segundo, os outros casos são mais pessoais e, além do medo, refletem uma auto-imagem demasiadamente pobre ou baixa auto-estima. Todas as mortes tiveram lugar quando o indivíduo estava num estado mental altamente emocional.


Terceiro, o suicídio é mencionado sem que haja qualquer juízo quanto à moralidade da ação. Isso não significa que ele seja moralmente correto; apenas indica que o escritor bíblico está simplesmente descrevendo o que aconteceu.
O impacto moral do suicídio deve ser avaliado segundo a compreensão bíblica da vida humana: Deus criou a vida, e nós não a possuímos para usá-la e descartá-la como bem entendermos. O sexto mandamento também tem alguma coisa a dizer sobre o assunto. Um cristão, portanto, não deveria considerar o suicídio como solução moralmente válida para o infortúnio de viver num mundo onde existe dor física e moral.


3. Comentários e sugestões: Como devemos reagir diante do suicídio de alguém a quem amamos? Primeiro, a psicologia e a psiquiatria têm revelado que o suicídio geralmente é o resultado de um profundo transtorno emocional ou desequilíbrio bioquímico associado a um profundo estado de depressão e medo. Não deveríamos julgar as pessoas que optaram pelo suicídio sob tais circunstâncias. Segundo, a perfeita justiça de Deus leva em consideração o impacto que nossa mente perturbada tenha eventualmente sobre nós; Ele nos compreende melhor que do que qualquer ser. Devemos colocar o futuro de nossos queridos em Suas mãos de amor. Terceiro, com a ajuda de Deus, podemos encarar a culpa de uma maneira construtiva, tendo em mente que muitas vezes aqueles que cometeram suicídio necessitavam de ajuda profissional que nós mesmos fomos incapazes de proporcionar. Finalmente, se você alguma vez for tentado a cometer suicídio, saiba que há profissionais disponíveis, medicamentos que podem ajudá-lo a superar a depressão, amigos que o amam e fariam todo o possível para ampará-lo, e um Deus que está disposto a trabalhar por você e, por meio de outros, dar-lhe forças quando caminhar pelo vale da sombra da morte. Nunca perca a esperança!


Angel Manuel Rodriguez (Th.D. pela Universidade Andrews) é diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Silver Spring, Maryland, E.U.A.


Para ler um artigo anterior sobre esse assunto, veja Judy Cushman, “Suicídio: O Que Você Deve Saber?” (Diálogo 9:1, 1997), ou visite nosso website: http://dialogue.adventist.org.

10 Razões por que creio em Deus


Dez razões por que creio em Deus


Hector Hammerly


No princípio... Deus” (Gênesis 1:1). Esse é o fundamento de meu ser, minha esperança e meu destino. Sem este firme fundamento de crença em Deus, a vida é vazia. Alguns acham difícil crer num Deus vivo e pessoal. Alguns acham estranho relacionar-se com Deus num nível profundo e significativo. Não eu. Para mim Deus é real, tão real como se poderia esperar — para guiar, corrigir e orientar na jornada da vida. Ao refletir sobre minha fé em Deus, posso pensar pelo menos em 10 razões para essa convicção.


1. Creio em Deus por causa da grande beleza que a maior parte da natureza ainda exibe. A beleza da natureza é desnecessária sob o ponto de vista evolucionista. A natureza fala de desígnio com um pendor para a beleza.

2. Creio em Deus por causa da ordem, complexidade e complementaridade da natureza. A maior parte das coisas na natureza opera num conjunto harmonioso e parece feita uma para a outra, como as peças de um gigantesco quebra-cabeça. Isso revela desígnio, e não ocorrência casual.

3. Creio em Deus por causa das numerosas maneiras pelas quais a ecologia, o ambiente, a posição e os movimentos de nosso planeta satisfazem as necessidades da vida na terra, dentro de limites estreitos. Isso, de novo, é muito mais provavelmente o resultado de desígnio e não de casualidade.

4. Creio em Deus por causa de pessoas como Albert Schweitzer, Madre Teresa e milhões de outros seres humanos dispostos a sacrificar-se. Vidas e impulsos altruísticos contradizem a “sobrevivência do mais forte” no cenário de unhas e dentes proposto pelos evolucionistas. O sacrifício próprio testifica da existência de uma Presença boa e amorosa no mundo e no universo, uma Presença que influencia muitos a serem amorosos e generosos, independentemente de seus próprios interesses. Não há vantagem evolucionária em agir assim.

5. Creio em Deus por causa dos bons traços de caráter que muitas pessoas ainda possuem, apesar de fortes influências negativas. Estou-me referindo a qualidades, tais como honestidade, generosidade, perdão, tolerância, equilíbrio, paciência, determinação, amor por aqueles que não são amoráveis, e assim por diante. Admiramos todas essas qualidades porque são, com efeito, qualidades divinas, exemplificadas por Deus. A maior parte delas é contrária ao princípio evolucionista, segundo o qual cão devora cão. Muitos incrédulos, naturalmente, têm caracteres excelentes; mas não é isso u’a manifestação não reconhecida da influência de Deus no mundo?


6. Creio em Deus porque muitas pessoas, inclusive eu, têm experimentado casos de proteção providencial contra perigos e têm tido a satisfação de ver suas vidas superarem todos os obstáculos, incluindo circunstâncias extremamente adversas. Deus, que criou as leis da natureza, não é escravo delas; Ele certamente pode abrir exceções. Denominamo-las “milagres”.
Creio que Deus está pronto para proteger, guiar e abençoar aqueles que nEle crêem e que estão dispostos a obedecer-Lhe. Naturalmente, há pessoas que se consideram demasiado sofisticadas e independentes para se submeterem a um Ser Supremo, e podem não aceitar o argumento. Mas ele não deixa de ser verdadeiro.


7. Creio em Deus porque dezenas de pesquisas científicas cuidadosas têm mostrado que os crentes devotos desfrutam numerosas vantagens sobre crentes nominais e sobre incrédulos. Os cristãos devotos são mais felizes, sadios, geralmente mais prósperos, vivem mais e evitam um número maior de patologias sociais do que os crentes nominais ou os incrédulos. Não creio em Deus para colher esses benefícios. Com ou sem esses benefícios, posso afirmar o efeito positivo da crença em Deus sobre minha vida, meus pensamentos e minhas ações.


8. Creio em Deus porque os efeitos destrutivos da impiedade sobre indivíduos e sociedades inteiras são tristemente evidentes. Esses efeitos incluem falta de propósito, decadência moral, crime, dependência de drogas e uma deterioração da sociedade em geral.


9. Creio em Deus porque a alternativa não leva ao que é bom e prazenteiro na vida humana. A razão independente não é confiável, e não se pode depender das mentes humanas mais brilhantes para produzir sistemas filosóficos construtivos. Platão, por exemplo, queria substituir a família pelo Estado! Entre os pensadores “iluminados”, filósofos recentes tais como Nietzsche propuseram um “super-homem” destituído de moralidade. O resultado foi o “desejo de poder” que se manifestou nos horrores do nazismo. Sartre e Heidegger promoveram o existencialismo, cuja posição ateísta só leva ao desespero e ausência de significado. Tudo isso mostra que o pensamento humano não orientado não merece confiança. Tem por vezes produzido as distorções mais devastadoras e os males mais terríveis — mesmo vindo de filósofos de grande reputação.


10. Creio em Deus Criador porque a teoria alternativa das origens — a evolução — está cheia de anomalias lógicas e lacunas de dados. Considere o seguinte:


Embora haja evidências de micro-evolução na natureza (mudanças que envolvem adaptação ao ambiente dentro da mesma espécie de organismos), não há evidência de que que os organismos, deixados sós, se tornam mais complexos e sofisticados. O oposto é que parece ser o caso. Até mesmo as mutações revertem a suas formas anteriores.


Não há evidência de que organismos de uma espécie possam tornar-se organismos de outra espécie — quer gradual, quer subitamente. Nenhum fóssil intermediário verdadeiro foi encontrado. Se a teoria da evolução fosse verdadeira, milhares de fósseis intermediários já teriam sido desenterrados. Ao contrário, o registro dos fósseis mostra espécies distintas com nenhum ou poucos assim-denominados intermediários.


Quanto ao “equilíbrio pontuado”, a hipótese de que mudanças rápidas ocorreram em lugares isolados e depois se espalharam não foi comprovada por nenhuma evidência, já que não se encontraram esses lugares. Soa mais como uma explicação fantasiosa por falta de evidência, do que alguma aplicação do método científico.


As extremas complexidades da célula, do cérebro humano, do DNA e mesmo do aminoácido mais simples, não poderiam ter surgido por acaso, mesmo em eras infindáveis. Esse “milagre do acaso” é pensamento positivo por parte daqueles que rejeitam a idéia de um desígnio inteligente.


A probabilidade estatística de que tal coisa aconteça é tão pequena que se torna impossível para qualquer propósito prático. Mesmo com todo o tempo no universo, um vento forte soprando sobre um monte de sucata não poderia produzir um Boeing 747. Nem pode um cérebro humano ou o código genético simplesmente “aparecer” como resultado de forças naturais aleatórias.


Resumindo estes breves comentários sobre a teoria da evolução, parece natural que pessoas que não fecham a mente à existência de Deus achariam mais lógico crer num Planejador Inteligente do que numa teoria defeituosa. A crença em Deus não é um recurso de mentes ociosas. Depois de examinar as provas a favor e contrárias, é mais lógico ver uma Mente Inteligente operando no universo do que aceitar o castelo de cartas da evolução.


As dez razões acima parecem mais do que suficientes para nos levarem a aceitar a idéia de Desígnio Inteligente — e de um Planejador Inteligente e cheio de amor, isto é, Deus. Embora eu não possa provar que Deus existe, do exposto acima concluo que Ele precisa existir e, portanto, não devo resistir — ao Seu amor, direção e planos para minha vida.


Hector Hammerly (Ph.D., Ohio State University) leciona Lingüística Aplicada na Simon Fraser University, Colúmbia Britânica, Canadá. Seu endereço: 2766 Daybreak Ave.; Port Coquitlam, BC; V3C2G1 Canadá.

domingo, 8 de março de 2009

Feliz Dia Internacional Das Mulheres!


Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Essa obra-prima da Criação, cheia de graça, de feminilidade e sensibilidade que ajuda o homem a ser mais afetivo, intuições que muitas vezes dão certo, capacidade de trabalhar jornadas variadas, a maternidade, o amor pelos filhos, a entrega das vontades no cuidado da família, a inteligência emocional, a força para vencer situações difíceis com bravura, tudo isso, e mais, faz da mulher um ser muito especial. A menina, uma florzinha, bela, gentil, que alegra nossa vida. Jeitinho especial de ser, de gesticular, sorrir, brincar, encanta! Depois, a menina-moça, antes com inocência encantadora, hoje maculada por incentivos doentios da sensualidade precoce, ainda com graça encantadora! Um pé na infância, outro na adolescência, o corpo se molda para o de mulher, interesses se voltam para a estética, a menstruação chega e anuncia a marca endócrina da fêmea, ela cresce. Na adolescência, mais formas femininas, o afeto agora com interesse no sexo oposto, cria amizades, a turbulência das emoções, essa é a graça da filha adolescente. Início da vida adulta, pensa em casamento, estuda, trabalha, segue aguardando o desenrolar da história que pode levá-la ao lar e, assim, ser dona de casa, esposa, futura mãe, podendo procriar, lindas possibilidades na existência! Mesmo ficando solteira, a graça feminina, a capacidade profissional, a ajuda humana que pode dar, mostram a importância da vida da mulher adulta. Que beleza e delicadeza a grávida! Que maravilha do Criador ela gerar um bebê, cuidar-se para proteger a criaturinha em seu ventre e dar à luz um ser! Sublime etapa! Anos adiante, no sofrimento e alegria que todos temos, surge amadurecimento mais profundo, criando filhos e a hora de curtir os netos. Envelhecer é ruim, mas amadurecer é bom. Ela amadurece mais e chega à menopausa, um período normal do ciclo feminino, em que não mais precisa procriar. Na terceira idade, ela é muito útil e importante aconselhando os mais novos da família, apoiando-os, repreendendo-os. Finalmente, ela necessita ser cuidada por ter as forças desaparecendo, a visão, e a capacidade de trabalho diminuída. Ajude-a!

Mulher, pense no seguinte, talvez lhe ajude:


1. Crie sua filha curtindo a infância com menos coisas artificiais, menos shoppings, tv, vídeo-game, comida artificial e de origem animal, multi-cursos (inglês, espanhol, ginástica, música, judô, natação, ufa!!! E o tempo para ser criança e brincar?), sem superproteção, sem abandono afetivo, e com mais afeto bem combinado com disciplina, convívio com a natureza, leitura sadia, comida natural, sem apelo sensual com roupas que expõem indevidamente o corpo. Deixe-a ser criança não afetada pela má mídia favorecedora da precocidade sexual.


2. Crie a jovem sem incentivar namoro precoce, voltada para os estudos, controlando o que assiste na tv, o que lê e as companhias. Mantenha a afetividade com amor firme e limites. Filhos de lares ditatoriais têm problemas parecidos com os de lares liberais e não se tornam mais felizes quando fazem o que querem ou quando ganham tudo que pedem.


3. Não deixe a adolescente chegar qualquer hora, mesmo sendo boa aluna. Noite é para dormir. A melatonina é uma substância vital para o reparo do DNA, lesado de dia desde por poluição do ar até comida artificial; ela é produzida no corpo só durante a noite, com pico de liberação entre 2 e 3 da manhã, no escuro. Sua filha deve sair com quem você conhece e aprova, sabendo aonde vai, e cumprindo o horário de voltar. Não estimule o uso de roupas sensuais. Isso atrai rapazes para o corpo dela. Garotas confundem isso com afeto. Fale sobre a diferença entre amor e atração sexual e doenças sexualmente transmissíveis, mostrando que a solução não é a camisinha. Explique que não é “pagar mico” casar virgem, que sexo pré-marital não garante felicidade no casamento, nem afetiva, nem sexualmente. Namoro é secundário aos estudos, e é um tempo de conhecimento da pessoa e não de se deixar iludir com “ficar” e transar. Sexo é a parte mais fácil de qualquer relacionamento. O difícil é amar. Sua filha deve preservar o corpo dela.


4. Seja para sua filha um modelo de honestidade, sinceridade, fidelidade e autocontrole emocional. Não deprecie homens diante dela, ainda que tenha sofrido com ele(s). Evite dizer “homens são iguais, não valem nada”, por ter sido abusada por um mau caráter. Não é verdade para todos. Não jogue sua filha contra o pai dela, o marido dela, os filhos dela. Seja a melhor amiga de sua filha.


5. Avó, curta os netinhos. Você sabe que eles não têm que comer feijão todos os dias! Eles precisam muito de sua experiência de mãe que pode, agora, ser mais flexível.


6. Mulher, não perca a feminilidade num comportamento “bronco”, tipo “sargento”, que destrói a beleza da fêmea. Mantenha a delicadeza, mesmo tendo que ser firme. Não diga palavrão. Isso também tira a doçura feminina, é uma deseducação.Seja doce, firme, de princípios, honesta, fiel, sincera, que sabe colocar limites para não ser abusada por ninguém, que sabe dizer “desculpe, eu errei”. Não fique ranzinza e explosiva como esses políticos imaturos e sem autocontrole que saem no tapa no ambiente de trabalho. Você pode ser uma pessoa doce e saber proteger-se.


Feliz Dia das Mulheres!


(Cesar Vasconcellos de Souza, www.portalnatural.com.br)

Profetas e profecias, posso crer?



Aos alunos do ensino médio 3º ano A e B.










1 - Ler o texto e fazer uma resenha do mesmo e entregar na última aula da semana.


DEUS e a história: Uma perspectiva bíblica

Siegfried J. Schwantes


A história é um processo cíclico, argumenta Sócrates. A história é linear e leva a um alvo desejado por Deus, proclamam os profetas bíblicos.
A história não é mais que “uma fábula contada por um idiota, cheia de barulho e fúria, significando nada”. Assim disse Shakespeare. A história é onde vemos “ao fundo, em cima, e em toda a marcha e contramarcha dos interesses, poderio e paixões humanas, a força de um Ser todo misericordioso, a executar, silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade”. Assim falou Ellen White, vendo um desígnio e propósito abarcantes na história.
Entre a filosofia grega e a profecia bíblica, entre humanismo e revelação, temos uma dicotomia quanto ao significado da história. Como cristãos, é imperativo que estejamos bem informados quanto à compreensão bíblica da história. A Palavra de Deus afirma que Deus governa as atividades de indivíduos e nações. Com efeito, a soberania divina na história é uma verdade bem arraigada na Bíblia. Moisés argumentou: “Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão uns dos outros, pôs os termos dos povos, conforme ao número dos filhos de Israel” (Deuteronômio 32:8). Isaías falou de Ciro como alguém escolhido por Deus para libertar Israel do cativeiro babilônico (Isaías 45:1). Daniel enfatizou que Deus “muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis” (Daniel 2:21). O apóstolo Paulo cria que a vinda de Jesus estava dentro do tempo prescrito por Deus na história (Gálatas 4:4). Ademais argumentou que o fim principal da existência nacional e individual sobre esta terra é um fim religioso: “E de um só, fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites de sua habitação, para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, o pudessem achar” (Atos 17:26, 27).
Deus e as nações
Outorgou Deus a toda nação e civilização um “tempo de graça”, uma oportunidade para buscá-Lo e achá-Lo? O comentário de Ellen White sobre o discurso de Paulo em Atos 17 não deixa margem para dúvida: “A cada nação que tem subido ao cenário da atividade, tem sido permitido que ocupasse seu lugar na terra, para que pudesse ver se ela cumpriria o propósito do `Vigia e Santo’. A profecia delineou o levantamento e queda dos grandes impérios mundiais — Babilônia, Média-Pérsia, Grécia e Roma. Com cada um destes, assim como com nações de menor poder, tem-se repetido a história. Cada qual teve seu período de prova, e cada qual fracassou; esmaeceu sua glória, passou-se-lhe o poder e o lugar foi ocupado por outra nação”.
Considere Babilônia. Suas especulações religiosas levaram-na um lodaçal cada vez mais profundo de superstição e obscurantismo. Babilônia poderia ter conhecido a Deus. Com efeito, o Senhor até mesmo a colocou em contato com Seu povo durante o cativeiro. Mas Babilônia deixou de ver Deus agindo na história.
O Egito não apresenta um espetáculo melhor. A despeito do tremeluzir promissor nos dias de Ikhnaton, quando sua busca da verdade o levou à idéia de uma divindade suprema, o politeísmo crasso reteve o Egito cativo. Os poderosos sacerdotes de Amon em Tebas esmagaram as aspirações religiosas que brotavam na Era de Amarna. Por ocasião da morte de Ikhnaton a corte voltou para Tebas, e as intuições religiosas do rei não produziram fruto.
Por outro lado, a história mostra que “os períodos determinados” por Deus não foram inteiramente infrutíferos. Na Pérsia, no sétimo século a.C., Zoroastro distinguiu-se por intuições notáveis da verdade religiosa. Substituiu as pretensões conflitantes do politeismo persa pela crença em Ahura Mazda, o deus da verdade e da luz. O zoroastrianismo reconhecia uma luta prolongada na qual as forças do bem haveriam finalmente de prevalecer, no juízo final.
Ellen White, em perfeita harmonia com os escritores bíblicos, endossa a interpretação providencial da história: “Nos anais da história humana o crescimento das nações, o levantamento e queda de impérios, aparecem como dependendo da vontade e façanhas do homem. O desenvolvimento dos acontecimentos em grande parte parece determinar-se por seu poder, ambição ou capricho. Na Palavra de Deus, porém, afasta-se a cortina e contemplamos ao fundo, em cima, e em toda marcha e contramarcha dos interesses, poderio e paixões humanas, a força de um ser todo misericordioso, a executar, silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade. A Bíblia revela a verdadeira filosofia da história”.3
A história como o desdobramento da obra de Deus
Eusébio (c. 260-c. 340), bispo de Cesaréia e primeiro historiador da Igreja Cristã, argumentava que os fios emaranhados do passado humano poderiam ser tecidos num todo racional, se a história fosse vista como uma preparação para o evangelho. Somente assim poderiam as incongruências da história, com toda sua dor e esperanças não realizadas, ser interpretadas como fazendo sentido dentro de um plano divino. Buscando sua inspiração principal em Paulo, Eusébio reconheceu na história um desígnio reconhecível. Para ele, a história avançava não à deriva, mas na direção de um alvo escolhido por Deus.
Isso não significa que a história prova o papel divino nos acontecimentos humanos. Mas a história em sua marcha inevitável em direção de um alvo divino revela Deus ao olhar da fé, do mesmo modo que a natureza em toda a sua beleza e dor revela Deus ao olhar da fé. Há suficientes evidências da providência soberana de Deus na história para sustentar a fé, mas nunca tão esmagadoras a ponto de compeli-la. Assim a história faz sentido para o crente, enquanto permanece um enigma obscuro para o descrente.
A verdade da providência divina guiando o curso dos acontecimentos para um alvo escatológico é mais bem percebida quando uma multiplicidade de fatores é vista contribuindo para o cumprimento do propósito divino. Assim o apóstolo Paulo escreve da “plenitude do tempo” como o momento crítico quando “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei” (Gálatas 4:4 e 5). O clímax na história da redenção não podia vir antes de as condições preparatórias terem-se cumprido. O apóstolo poderia ter em mente o cumprimento de uma profecia como a de Daniel 9:24-27. Mas certamente algo mais estava incluído sob a “plenitude do tempo”. Uma série de eventos estava abrindo o caminho para a vinda do Messias: a unificação do mundo antigo que se seguiu às vitórias de Alexandre (336-323 a.C.); a difusão da língua e idéias gregas até às fronteiras da Índia; língua e cultura comuns criando uma “vila global”; e a crescente maldade da natureza humana clamando por libertação.
Quando o império romano absorveu o mundo helênico, a perícia romana em matéria de jurisprudência e administração territorial impôs ordem e segurança dentro de suas fronteiras. O poderio romano também abriu as artérias de comércio e construiu uma rede de estradas internacionais. A navegação no Mediterrâneo tornou-se muito mais segura pela eliminação efetiva da pirataria.
Outro fator da “plenitude do tempo” que facilitou a disseminação do evangelho foi a ubiqüidade da diáspora judaica. Comerciantes judeus e sinagogas se encontravam nas maiores cidades do império romano. As sinagogas atraíam muitos gentios, impressionados com a fé monoteísta dos judeus e suas normas morais elevadas, que contrastavam com as dos gentios. Estes prosélitos, já familiarizados com os ensinos do Velho Testamento, eram muito mais facilmente persuadidos a abraçar a mensagem cristã, como o Livro de Atos claramente indica.
Que um fator histórico pudesse favorecer o avanço do reino de Deus na terra não levaria muita força persuasiva per se. Mas quando vários fatores convergem na mesma direção, o ceticismo pareceria injustificado.
A Reforma na providência divina
Outro acontecimento importante com tremendas conseqüências para a história da religião foi a Reforma Protestante do século dezesseis. Ela também apresenta evidências da direção divina no processo da história. Tendências preparatórias convergiram para fazer daquela revolução um sucesso — sucesso difícil de imaginar nos séculos precedentes. Cinco destas tendências podem ser facilmente identificadas:
1. O feudalismo estava perdendo sua influência sobre a vida econômica da Europa Ocidental. À medida que as cidades floresciam e reivindicavam seus direitos na arena política, tornando-se a agricultura menos influente e o feudalismo declinando aos poucos, os indivíduos tornaram-se mais livres para determinar seu destino político e religioso.
2. Os monarcas reinantes da França, Inglaterra e Espanha estavam ganhando vantagem na luta contra os senhores feudais e a igreja. Havia um descontentamento crescente com a interferência da igreja nos negócios do Estado. As nações se ressentiam cada vez mais e resistiam à drenagem de recursos pela cúria papal.
3. Os assim-chamados concílios reformadores de Constança (1414-1418) e Basiléia (1431-1449) fracassaram em sua tentativa de reformar um papado recalcitrante, e o fato de haver vários papas rivais ao mesmo tempo — certa vez houve três papas simultaneamente — contribuíram para a perda do prestígio papal. A autoridade universal de um papa como Inocêncio III era coisa do passado.
4. A Renascença, primeiro na Itália, e mais tarde por toda a Europa Ocidental, com sua admiração pelas riquezas da civilização greco-romana e sua divisa “de volta às fontes”, encorajou ao mesmo tempo o estudo das fontes cristãs. A Bíblia e a literatura patrística foram estudadas como nunca dantes, e isso demonstrou a discrepância entre a religião bíblica e as distorções que ela sofreu durante a Idade Média. Escritores como Erasmo clamavam por uma reforma “da cabeça aos pés”.
5. A invenção da imprensa por Gutenberg (c. 1450) aumentou a compra de livros, especialmente da Bíblia, pelo povo comum. Entre 1450 e 1500, por exemplo, mais de 92 edições da Bíblia Vulgata já tinham saído do prelo. As 95 teses de Lutero foram difundidas pela Europa em tempo relâmpago.
A convergência destas tendências abriu o caminho para o sucesso da Reforma Protestante. Não sugere isso a direção divina nos negócios das nações? Uma filosofia tal, melhor do que qualquer outra, apela ao estudante imparcial da história. O desenrolar dos acontecimentos pode parecer lento ao estudante casual, “Mas como as estrelas no vasto circuito de sua indicada órbita, os desígnios de Deus não conhecem adiantamento nem tardança”.
A história permanece trágica porque a alienação humana de Deus não pode ser vencida por um fiat divino. Algumas tragédias consternadoras, tais como tiranias monstruosas ou genocídios bárbaros, nunca serão explicados por seres humanos aquém do Juizo final. Embora trágica, a história — mesmo a história secular — é parte de um desígnio universal. Deus dá aos seres humanos a liberdade de escolher e de agir, mesmo contra Sua vontade.
História, igreja e liberdade
A história não é inconseqüente ou sem significado. Embora a presença divina no processo histórico esteja envolta em mistério, vislumbres da intervenção divina nos são dados para tornar o ponto de vista bíblico crível. Destas indicações, nenhuma é mais significativa do que o plano redentor de Deus. Ancorado na história, o evento chamado Cristo faz com que toda a história revele um desígnio providencial.
As tragédias da história são o resultado da luta humana para afirmar-se, e não deviam cegar-nos à evidência de que Deus exerce sua soberania sobre a marcha dos acontecimentos. Como resultado, a missão da igreja como a proclamadora da redenção assume um significado especial. Sua missão seria frustrada se não houvesse um clima de liberdade permitindo que homens e mulheres façam sua decisão espiritual sem constrangimento externo.
Por conseguinte, todo progresso na direção de maior liberdade política e religiosa torna-se uma evidência do intento divino de proporcionar um clima melhor para decisões cristãs genuínas. No cenário das decisões morais, a história deve cercar-nos com uma medida de liberdade. Através de uma providência orientadora, Deus age no sentido de preservar e expandir as áreas de liberdade. Inverter esta tendência seria derrotar Seu propósito redentor.
Alguns estudiosos têm advogado uma filosofia determinista da história, como se os acontecimentos seguissem uns aos outros numa cadeia de conexões causais, idêntico à cadeia de causa e efeito que opera na natureza. Mas como Isaías Berlin escreve: “A evidência para um determinismo cerrado não existe”. Se houvesse, as leis de causação histórica teriam sido descobertas há muito tempo.
O ponto de vista bíblico da história rejeita o determinismo, por minar a responsabilidade pessoal, elemento básico da compreensão bíblica do ser humano como um agente moral livre. Também rejeita a opinião de que a história é completamente indeterminada — que ela não apresenta nenhum plano reconhecível. A opinião mais consentânea com a perspectiva bíblica é que a história reflete, embora obscuramente, o propósito eterno de Deus.
História e o propósito eterno de Deus
Uma ilustração simples pode esclarecer como a liberdade humana e a soberania divina podem coexistir. Imagine um navio cheio de passageiros pronto para partir, rumo a um destino conhecido só do capitão. A direção geral do navio, ao cruzar o oceano, está sob o controle do capitão. Ele sabe qual é o porto de destino e a melhor rota para alcançá-lo. Ao mesmo tempo, os passageiros a bordo estão livres para mover-se e agir à vontade. O controle que o capitão exerce sobre o navio não interfere na liberdade relativa dos passageiros. Assim, o navio da história avança sob a direção divina, com bastante liberdade para que cada um faça suas escolhas pessoais. A Providência faz uso de diferentes alternativas para dirigir a seqüência de acontecimentos de acordo com Seu plano. Esta soberania divina é admissivelmente discreta, de modo a não frustrar a liberdade humana por um lado, e por outro não privar a necessidade de cada qual andar pela fé.
Há naturalmente historiadores que não se alinham nem com a posição determinista nem com a providencial da história. Quando confrontados com um desfecho inesperado num enredo complexo, eles não têm outro recurso a não ser apelar para a “concorrência fortuita de fatores aleatórios”. Mas introduzir um historiador a “sorte” ou um acidente como explicação é confessar ignorância da causa real.
As especulações sobre os “se” da história são estéreis, exceto para enfatizar o elemento de contingência na história. Às vezes, o que ocorre parece ser mera casualidade. Se não tivesse chovido na manhã da batalha de Waterloo, a artilharia de Napoleão poderia ter manobrado de modo mais vantajoso, e a derrota convertida numa vitória. O cristão substitui “sorte” ou “acidente” por “providência”, e argumenta que a providência divina reúne as alternativas apropriadas de modo a produzir o melhor resultado coerente com o plano divino.
Harris Harbinson, professor de História na Universidade de Princeton, resume de modo elegante o ponto de vista cristão: “Onde os materialistas só vêem um processo cego, onde o racionalista vê progresso evidente, ele verá a providência — um prover divino tanto nas decisões conscientes como nos resultados inesperados da história, um propósito parcialmente revelado e parcialmente oculto, um destino que é religioso no sentido mais profundo da palavra, no qual a liberdade humana e a direção divina completam-se de modo misterioso”.

Siegfried J. Schwantes (Ph.D., The Johns Hopkins University), nascido no Brasil, ensinou história da igreja em muitas instituições educacionais e escreveu The Biblical Meaning of History (Mountain View, Calif., Pacific Press Publ. Assn., 1970). Seu endereço: 10613 Meadowhill Rd.; Silver Spring, Maryland 20901-1527; E.U.A.

Notas e referências
1. Ellen G. White, Educação (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1977), pág. 173.
2. Ibidem, pág. 176.
3. Ibidem, pág. 173.
4. Ver Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações (Santo André, SP: Casa publicadora Brasileira, 1977), págs. 32-34.
5. Ibidem, pág. 32.
6. Isaiah Berlin, Historical Inevitability, citado em S. J. Schwantes, The Biblical Meaning of History (Mountain View, Calif.: Pacific Press Publ. Assn., 1970), pág. 32.
7. E. Harris Harbison, “The Marks of a Christian Historian”, em C. T. McIntire, ed., God, History, and Historians (New York: Oxford University Press, 1977), pág. 354.

Vida plena pela verdade.


Aos alunos do ensino médio 2º ano A e B.

1- Ler o texto, depois no blog deixar um comentário ou no caderno fazer uma resenha.

Onde esta Deus quando o sofrimento nos atinge?
Steve Grimsley


Era uma noite chuvosa, na hora de maior tráfego. Quando a luz do se- máforo ficou verde, acelerei até uns 60 quilômetros por hora. Ao ganhar velocidade, subitamente o motorista que estava à minha frente guinou violentamente para a direita. Minha reação foi mais de perplexidade do que alarme. Tirei o pé do acelerador, mas era demasiado tarde. Diante de mim estavam dois veículos parados atrás de um carro em pane. Girei o volante e brequei, mas não em tempo de evitar a colisão com a traseira do carro à minha frente. Então desviei meu carro para o acostamento.
Senti dó ao ver meu Mazda 626 amassado, mas grato ao mesmo tempo por não ter sofrimento qualquer lesão. Contemplei o tráfego completamente parado. Uma mulher de uns trinta anos estava ao lado de seu carro com os braços erguidos, a cabeça inclinada e as lágrimas correndo pela face. Ela dizia em voz alta: “Obrigada, Senhor! Obrigada, Senhor!” Caminhei em sua direção achando que ela fosse a vítima de meu descuido. Rapidamente, porém, ela entrou em seu carro resmungando estar atrasada para um compromisso e saiu queimando pneus. Fiquei ali um tanto confuso e só então percebi que seu veículo não tinha sido abalroado.
Mas e o jovem casal cujo Chevrolet Malibu eu atingi? E agora? Bem, nós tínhamos de tratar com as questões legais, o seguro, a locadora de automóveis e a oficina de reparos. Por que Jesus não me poupou de tudo isso?
É justo o sofrimento?
Meu sofrimento, embora menor, trouxe-me à mente uma questão mais profunda — aquela que tem inquietado os cristãos por gerações. Como pode um Deus de amor permitir a dor e o sofrimento neste mundo? A distribuição e o grau de sofrimento parecem ser completamente aleatórios e injustos. Será que eu não merecia escapar do acidente como aquela mulher que saiu ilesa?
Mas meu pequeno acidente foi trivial. O que se tem testemunhado confunde a mente. Milhões pereceram em campos de concentração, de trabalhos forçados e de extermínio. Limpeza étnica, genocídio tribal e os horrores de 11 de setembro nos levam a pensar: Por que Deus não evitou tudo isso? Imagens televisivas de terremotos tragando milhares de pessoas nos levam a querer saber: Por que Deus não se importa?
Em meio à tragédia e sofrimento humanos, como é possível a uma pessoa racional crer que servimos a um Deus de amor?
Com o risco de parecer insensível, permitam-me levantar outra pergunta: “É possível que Deus possa tolerar certos males de curto prazo, para tornar possível um bem de longo prazo e que eu, como um ser finito, não posso entender?”
Sofrimento: Um bem de longo prazo?
Peter Kreeft, professor de filosofia no Boston College propõe uma analogia da dor de curto prazo que resulta em bem maior em longo prazo:
“Imagine um urso preso numa armadilha e um caçador que, condoído, deseja libertá-lo. Ele procura ganhar a confiança do urso mas não consegue; como medida drástica precisa sedar o animal. O urso, contudo, pensa ser isso um ataque e que o caçador está tentando matá-lo. Ele não reconhece que o homem estava agindo por compaixão.
“Então, a fim de libertar o urso, o caçador tem de empurrá-lo mais fundo na armadilha para diminuir a tensão da mola. Se o urso estivesse semiconsciente a essa altura, se convenceria de que o caçador era seu inimigo e intentava-lhe causar sofrimento e dor. Mas o urso estaria enganado. Ele chega a essa conclusão errada porque não é um ser humano”. 1
Pode isso ser uma analogia entre Deus e nós?
Mas, a questão permanece: “Como pode um Deus Todo-Poderoso, onisciente, cheio de amor, tolerar o mal tão generalizado, persistente e inescrutável?” Considere o ponto de vista Kreeft que o bem pode resultar de um mal. Deus nos mostrou especificamente como isso funciona. Ele demonstrou como a pior coisa jamais ocorrida na história humana resultou no maior bem — a morte de Cristo sobre a cruz. Naquele tempo ninguém pensou que qualquer bem pudesse resultar dessa tragédia. E, contudo, Deus sabia o desfecho glorioso que nenhum ser humano tinha previsto. Se isso aconteceu então, por que não poderia ocorrer em nossa vida individual?
Paul Kreeft ilustra mais uma vez esse conceito. “Suponha que você é o diabo, o arquiinimigo de Deus, e planeja matá-Lo. Mas não pode fazer isso. Contudo, entende que Ele tem a fraqueza ridícula de criar e amar seres humanos os quais você pode atacar. Ah! agora você tem reféns! Assim você simplesmente vem ao mundo, corrompe a humanidade e arrasta alguns para a ruína. Quando Deus envia profetas para iluminá- los, você os mata.
“Então Deus faz a coisa mais tola que se poderia imaginar: ele envia Seu próprio Filho para estar sob as regras do mundo. Você diz a si mesmo: ‘Não posso acreditar que Ele seja tão estúpido! O amor perturbou Seu cérebro! Tudo o que tenho a fazer é inspirar alguns de meus agentes — Herodes, Pilatos, Caifás, os soldados romanos — e crucificá- Lo’. E você faz isso mesmo.
“Assim, lá está ele suspenso na cruz abandonado pelos homens e aparentemente por Deus, sangrando e exclamando: ‘Meu Deus, Meu Deus, por que Me abandonaste?’ Como se sente agora sendo o diabo? Por certo, triunfante e vindicado! Mas, naturalmente, você não poderia estar mais enganado. Esse é o supremo triunfo dEle e fragorosa derrota para você. Você mordeu Seu calcanhar e o sangue jorrado o destruiu”.2
Agora, se essa ocorrência não é única, talvez ela assinale que quando sofremos e sangramos, essa é a maneira de Deus derrotar Satanás mais uma vez. A maioria dos cristãos bem conhecidos na história parece dizer que se aproximou mais de Deus quando sofreu muito. O apóstolo Paulo afirmou: “Pois nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus... De modo que em nós opera a morte, mas em vós a vida”. (II Coríntios 4:11 e 12).
Abandonando a Deus no sofrimento?
Mas, não é possível abandonar a Deus por causa de Sua aparente ambivalência em relação ao nosso sofrimento? Eli Wiesel descreve como perdeu a fé, aos quinze anos, quando aprisionado no campo de concentração de Buna assistiu ao enforcamento de um rapaz holandês que se recusou a dar informações sobre o esconderijo das armas encontradas na casa de seu patrão. O peso leve do rapaz prolongou-lhe a morte agonizante por mais de meia hora, pendurado pelo pescoço numa corda torcida.
Wiesel e os milhares de prisioneiros do campo foram forçados a marchar em frente do rapaz, e observar como ele se debatia entre a vida e a morte.3 Wiesel perdeu sua fé, mas essa história contém a resposta à pergunta que temos feito através deste artigo. Deus estava em Buna com o rapazinho holandês, tanto quanto no Calvário com Jesus, Seu Filho, quando Ele também sofria entre a vida e a morte na cruz. Assim, há uma resposta à pergunta: “Onde está Deus?” Não, não há. Mas há Um que responde.
Nenhuma resposta, mas Alguém que responde
Peter Kreeft resume: “É o próprio Jesus. Não é um amontoado de palavras. Existe a Palavra. Não é um argumento filosófico bem engendrado; é uma Pessoa. A Pessoa. A resposta ao sofrimento não é uma idéia abstrata, porque essa não é uma questão abstrata, mas um assunto pessoal. Requer uma resposta pessoal. A resposta precisa ser alguém e não apenas algo, porque a questão envolve alguém — Deus onde está o Senhor?
“Jesus lá está, postado ao nosso lado nos momentos mais difíceis de nossa vida. Estamos despedaçados? Ele foi partido como pão por nós. Somos desprezados? Ele foi desprezado e rejeitado pelos homens. Clamamos que não podemos suportar mais? Ele foi um homem de dores e experimentado nos trabalhos. Há pessoas que nos traem? Ele mesmo foi vendido. Foram as nossas relações mais íntimas rompidas? Ele também amou e foi rejeitado. As pessoas nos viram as costas? Eles se esconderam dEle como de um leproso.
“Acompanha-nos Ele em todas as nossas aflições? Sim, Ele o faz... Ele não somente ressuscitou dentre os mortos, mas mudou o significado da morte e, portanto, de todas as pequenas mortes que sofremos... toda lágrima que derramamos torna-se Sua lágrima. Ele pode não enxugá-las ainda, mas o fará”.4
Deus está conosco no sofrimento
Meu Deus é impassível? Ele Se impõe a mim como um déspota gigantesco, exigindo minha rendição à Sua vontade? Encerra-se em ilhas de serenidade, raramente Se preocupando com minha angústia? Se esse fosse o caso, eu não poderia crer nEle. Se não fosse a cruz, minha crença submergiria em mitos e agnosticismo. Lá no Calvário meu Salvador, solitário, esquecido, contorcido, sangrando, alquebrado e sedento, clamou em agonia em meu favor. Esse é o Deus que eu escolheria!
Assim, quando a pergunta sobre como um Deus de amor pode permitir dor e sofrimento neste mundo apontar seu dedo acusador, eu retiro do céu um arco-íris, construo um símbolo com dois troncos grosseiros de madeira e implanto a cruz de Cristo no ponto mais alto.


Steve Grimsley é diretor dos planos de saúde da Adventist Risk Management, da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. E-mail: sgrimsley@adventistrisk.org


Notas e referências


1. Em Lee Strobel, The Case for Faith (Grand Rapids, Michigan: Zondervan Publishing House, 2000), p. 32.
2. Ibid., pp. 39, 40.
3. Elie Weisel, Night (New York: Avon Books, 1969), pp. 75, 76.
4. Strobel, 51, 52.
2 - No caderno pesquisar como as seguintes religiões entendem a trindade:
a) Judaísmo
b)Mórmons
c) Testemunhas de Jeová
d) Protestantes
e) Católicos

A Ética Cristã e a Ciência Moderna.


Aos alunos ensino médio 1º ano A e B. 09/03/09

1- Ler e no blog deixar um comentário sobre a matéria ou no caderno fazer uma resenha.
À nossa própria imagem? A ética e a clonagem humana

Anthony J. Zuccarelli e Gerald R. Winslow


Cumulina. Não é uma cidade romântica numa ilha remota. Não é um prato exótico. Nada que você pudesse ter adivinhado alguns meses atrás. Embora Cumulina seja apenas uma ratazana, ela é uma valente recém-chegada num valente mundo novo. Aninhada na serragem de gaiolas de plástico transparente em Honolulu, na Universidade do Havaí, Cumulina e cerca de 50 outros ratos são recentes pioneiros na pesquisa científica com implicações assustadoras. Os ratos parecem bem normais, indistinguíveis de outros em qualquer laboratório de animais. O grupo, contudo, é sui-generis porque só tem “progenitores” femininos. Como Dolly, a ovelha mais conhecida, os ratos foram produzidos pelo transplante de uma célula somática nuclear — em outras palavras, por clonagem.
Dolly provocou uma tempestade de debates. O anúncio de seu nascimento feito pelo cientista escocês Ian Wilmut em fevereiro de 19971 levantou a possibilidade de que, num futuro próximo, seja possível clonar seres humanos. As implicações filosóficas e éticas ocuparam a mídia por meses e puseram a clonagem humana na agenda de corpos legislativos e centros de estudos ao redor do mundo. Por um ano e meio o debate continuou, restrito unicamente pela incapacidade de outros cientistas repetirem o processo, pelas dúvidas de que a tecnologia possa ser adaptada para seres humanos e pelas sugestões de que a concepção de Dolly pudesse não ter sido imaculada.
Aqueles argumentos foram removidos por três reportagens publicadas em julho de 1998 na revista Nature. Dois grupos apresentaram evidências convincentes de que Dolly é geneticamente idêntica à ovelha da qual foi derivada; ela é de fato um clone autêntico 2,3. O grupo de Honolulu mostrou que o transplante da célula somática nuclear pode ser repetido, criando três gerações sucessivas de ratos clonados4. Também apresentaram evidências de que isso pode ser feito com espécies que se supunha serem difíceis de clonar, inclusive seres humanos. Segundo o editor, “torna-se tanto mais provável que, onde alguém tiver licença [de clonar humanos], ele o fará”.5 Essa probabilidade ganhou força quando o físico Richard Seed anunciou ter identificado clientes, apoio financeiro e cientistas para fazer funcionar sua clínica de clonagem em Chicago.
Devem os seres humanos ser clonados?
Mas, devem os humanos ser clonados? Como cristãos adventistas, que apreciamos o valor que Deus atribui à vida humana e levamos a sério nossas responsabilidades como mordomos da terra, devemos examinar cuidadosamente a questão. Depois de explorar a ciência e o aspecto econômico da clonagem, o objetivo deste artigo é identificar princípios éticos que possam guiar-nos através do emaranhado de problemas e emoções que cercam a perspectiva de duplicação assexual humana.
Comecemos com a reprodução sexual. Seu livro de biologia diz que quando duas células germinais se unem para fertilização, elas combinam seus genes para criar um zigote unicelular. O material genético do zigote, na forma de DNA, é mais tarde reproduzido e distribuído entre as duas células resultantes, formando um embrião de duas células. O embrião se desenvolve por ciclos ordenados de reprodução do DNA e divisão celular. Toda célula recebe uma cópia do material genético, metade provida originalmente por cada progenitor. Quando o embrião atinge um número de células crítico, começa a especializar-se, expressando seletivamente alguns genes e desligando outros, segundo um programa embutido. Dependendo do padrão de expressão, algumas se tornarão células nervosas; outras, células de músculos, e ainda outras, células de pele. A diferenciação finalmente forma um feto com centenas de tipos de células especializadas que constituirão o organismo ao nascer.
Embora a reprodução sexual seja um tema comum, não é universal. Seu livro de biologia também descreve microorganismos unicelulares, como bactérias e fermento, cujo modo de reprodução é assexual. Eles simplesmente se dividem em duas células geneticamente idênticas, clones uma da outra e da célula original. Muitas plantas também se reproduzem assexualmente. Um fragmento espalhado pelo cortador de grama do vizinho pode dar início ao crescimento de capim de roça em seu gramado. Uma trepadeira favorita, uma roseira ou uma planta caseira pode ser clonada plantando-se um galho, até crescer e tornar-se uma planta completa. Alguns animais, como a estrela-do-mar e as minhocas, podem regenerar-se de um fragmento. Cada um desses casos de reprodução assexuada depende do fato de que toda célula num organismo complexo traz em si todos os genes do organismo todo, mesmo se a célula veio da folha de uma planta, onde usou apenas os genes necessários para a folhagem.
Supunha-se que os genes apagados durante o desenvolvimento embrionário fossem permanentemente desativados nos animais. Décadas de tentativas fracassadas de gerar organismos inteiros a partir de células do corpo isoladas (chamadas células somáticas) resultaram na crença de que elas eram diferenciadas de modo terminal. Parecia não haver um modo simples de religar os interruptores genéticos — até surgir Dolly.
Transplante de células somáticas nucleares
Seguindo a trilha de experimentos feitos nas décadas de 1950 e 1960, o Dr. Wilmut obteve oócitos de ovelha (ovos antes da maturação) e manualmente removeu seus núcleos (que contêm o material genético) usando pipetas delicadas de vidro. Então fundiu os oócitos sem genes com células somáticas extraídas do úbere de uma ovelha adulta. O núcleo da célula do úbere substituiu os genes normalmente providos pelo esperma e óvulo no momento da fertilização. O citoplasma do oócito aparentemente proporcionou o ambiente adequado para recompor os genes no núcleo do úbere, permitindo que eles se expressassem na seqüência normal do desenvolvimento embriônico. Depois de um período de crescimento numa solução nutritiva, o oócito reconstituído, que se tinha tornado um embrião multicelular, foi implantado numa ovelha com vistas ao desenvolvimento completo1.
Foi assim que Dolly veio à existência. Os passos cruciais no processo refletem-se em seu nome — transplante de célula somática nuclear. Com várias modificações, a equipe de Honolulu usou a mesma técnica para fazer Cumulina, o primeiro rato clonado, e clones de clones em duas gerações sucessivas4.
Diversos fatos merecem ênfase. Dolly e Cumulina não têm nem pai nem mãe no sentido convencional — pais que contribuíram com células germinais para sua concepção. Em lugar disso, cada uma tem um doador nuclear que proveu todo o material genético nuclear, um doador oócito que proveu a “incubadora” celular na qual os genes foram colocados e uma gestante que nutriu o embrião até ao nascimento. Como nenhum dos participantes foi macho, poder-se-ia dizer que Dolly e Cumulina têm, cada uma, três “mães”.
Segundo: um clone tem o mesmo material do cromossoma do doador do núcleo. Alguns compararam o clone a um gêmeo idêntico do doador nuclear. O oócito doador contribuiu com uma quantia minúscula de material genético achado no mitocondro; a gestante provê só o útero nutriente. As três progenitoras de Dolly foram Finn Dorset, Poll Dorset e uma ovelha escocesa Blackface, respectivamente. Ela se parece com sua “mãe” nuclear Dorset.
Terceiro: embora a clonagem seja uma realização espantosa, é extremamente ineficiente. Mais de 400 óvulos de ovelha foram usados para produzir Dolly1. Todos os outros morreram pelo caminho. Cumulina e sua corte representam 2,5 por cento das tentativas nos experimentos de Honolulu4. Obviamente, a reprodução sexual é mais eficiente, simples e usualmente mais satisfatória.
Isso pode provocar a pergunta: “Por que, afinal, tentar fazer clonagem?” Surpreendentemente, a primeira motivação é duplicar animais, não seres humanos. O valor da clonagem é a conseqüência da diferença crucial entre reprodução sexual e assexual. Considere as incertezas da reprodução tradicional de animais. Os bezerros nascidos de uma produtora de leite premiada, por exemplo, recebem apenas a metade dos genes da mãe. Como a produção de leite depende de muitos genes que interagem, poucos entre suas crias herdarão a combinação exata que fez da vaca uma tão grande produtora de leite. Depois de ganhar a Tríplice Coroa, por exemplo, Secretariat gerou mais de 400 potros pelas melhores éguas do mundo. Nenhum deles teve uma carreira bem-sucedida em corridas!
Fábricas de animais transgênicos
Os clones, em contraste, têm exatamente os mesmos genes de seus doadores nucleares. A clonagem garantiria que o equipamento genético de uma ovelha com lã grossa e macia ou de galinhas que botam ovos com baixo colesterol seria reproduzido precisamente. Embora estas características sejam desejáveis, outras são apreciadas ainda mais. O motor que impulsiona o desenvolvimento de transplantes nucleares é o desejo de produzir animais que levem genes humanos, animais chamados transgênicos.
Durante os últimos 25 anos, a biotecnologia tem identificado e isolado os genes humanos que codificam vários componentes e produtos celulares. Como resultado prático, a insulina e outras proteínas humanas são agora feitas por bactérias resultantes de engenharia genética que crescem em barris de cultura. Muitas proteínas valiosas, contudo, são complexas demais para as bactérias reproduzirem corretamente. Uma alternativa é usar culturas de células humanas ou de mamíferos, modificadas geneticamente, mas é dispendioso cultivá-las e só fazem uma quantidade mínima do produto desejado. O método mais antigo, extrair proteínas diretamente de cadáveres ou de sangue humano com data vencida, é evitado por causa do risco de contaminação com agentes infecciosos como HIV ou vírus de hepatite.
Em busca de eficiência de custo e segurança, a biotecnologia voltou-se para animais domésticos para a criação de produtos sob a direção de genes humanos acrescentados a seus cromossomas. Nos melhores casos, o DNA adicionado faz com que o animal segregue grandes quantidades de proteína humana em seu leite. Chamando isso de pharming, a primeira onda de animais transgênicos é representada por cabras, vacas, porcos e ovelhas nos Estados Unidos, Escócia e Holanda, os quais fazem proteínas como antitrombina II (um agente anticoagulante), alfa-1-antitripsina (ausente em pessoas com enfisema e útil no tratamento de fibrose cística), agentes que coagulam o sangue (ausente em hemofílicos) e interferonas (agentes antivirais). Ter animais domésticos que convertam capim em proteínas é como ter uma galinha que bota ovos de ouro — talvez melhor ainda! Algumas proteínas terapêuticas valem muitas vezes mais do que seu peso em ouro.
OK, então animais que segregam proteínas humanas úteis são valiosos. Como é que a clonagem entra no quadro? Animais transgênicos de alta produção são difíceis de se fazer; a clonagem pode fazê-lo mais facilmente. O primeiro passo ao criar um animal transgênico é identificar e isolar o gene humano para o produto desejado — digamos uma proteína contra vírus. Em seguida, o gene é unido a um segmento de DNA que controla quando e onde o gene será ativo. Uma técnica típica consiste em usar um segmento que dirige o gene a produzir sua proteína contra vírus nas células produtoras de leite da glândula mamária. Estes passos são facilmente efetuados usando técnicas de genética molecular bem conhecidas, mas os estágios subseqüentes são tecnicamente difíceis e ineficientes. Diversas centenas de cópias de gene com o DNA controlador são injetadas laboriosamente em oócitos fertilizados. Os zigotes que se desenvolvem são depois implantados em mães substitutas para gestação. A eficiência é lamentavelmente baixa — tipicamente, menos de 0,5% sobrevive ao nascimento e testa positivo para o transgene. Um número menor ainda segrega quantidades úts¡s da proteína em seu leite. Claramente, pode levar anos antes de se formar um rebanho transgênico produtivo.
Métodos eficientes de clonagem mudariam o quadro. Como antes, um gene humano precisa ser isolado e unido a um segmento de controle. Então, em vez de micro-injeção, o gene-mais-o-DNA controlador é simplesmente adicionado ao líquido no qual as células animais estão sendo cultivadas. Nas condições certas, elas começam sós ou depois de um breve impulso elétrico. Usando métodos normais de seleção, as células que aceitaram o transgene podem ser purificadas e testadas para ver se dão indicação de serem boas produtoras de proteína. Visto que essas manipulações são feitas com células cultivadas, e não animais, podem ser completadas em poucos dias. Células modificadas com êxito seriam então usadas para fazer animais inteiros, transferindo seus núcleos para oócitos sem núcleo.
Tecido para transplante
Um papel adicional para a clonagem é a criação de animais com tecidos “humanizados” para satisfazer a grande necessidade de órgãos para transplante. A rejeição aguda de órgãos animais é devida a um arranjo de sub-unidades de açúcar nas superfícies das células, o qual não é tolerado pelos recipientes humanos. Visto ser possível subtrair, bem como adicionar genes, eliminar os genes responsáveis pelas mudanças da superfície ofensiva tornaria os órgãos de animais mais compatíveis com o hospedeiro humano.
É intrigante a habilidade misteriosa do citoplasma do oócito de reprogramar um núcleo. Alguns predizem que talvez seja possível tirar vantagem ainda maior desta propriedade. Depois do núcleo de um paciente ter sido reacertado para um estado embriônico dentro do oócito, será possível instruí-lo para reproduzir e amadurecer num tipo de célula diferente. O objetivo seria gerar tecidos especializados que poderiam ser usados para tratar um vasto elenco de enfermidades humanas — jovens células das ilhotas pancreáticas para tratar diabetes, células da pele para curar queimaduras, células nervosas para reconstruir estragos na espinha ou obrigar a doença de Parkinson a regredir. Se o tecido transplantado fosse derivado do paciente, seria perfeitamente compatível e evitaria rejeições imunológicas. Em vez de pensar na possibilidade horrível de clonar pessoas para serem usadas como “partes sobressalentes”, o transplante nuclear poderia ser capaz de reprogramar células humanas de modo a crescerem como órgãos isolados ou tecidos semelhantes a órgãos.
Clonagem e questões éticas
A tecnologia da clonagem promete benefícios imensos, mas a que custo? Alguns advertem que poderá ser elevado — minando a dignidade humana e degradando as relações familiares. Examinemos essas preocupações com ponderação para determinar se são guias úteis na tomada de decisões sobre clonagem. Organizaremos nossa discussão em torno de sete temas da ética cristã: proteção contra danos, conseqüências para a liberdade humana, efeitos sobre a estrutura da família, potencial para aliviar o sofrimento, mordomia de recursos pessoais, veracidade e o potencial para compreender a criação de Deus.6
1. Proteção contra danos. O criador de Dolly, Ian Wilmut, identificou a razão mais convincente para não se tentar clonar seres humanos: resultaria na perda de incontáveis óvulos humanos e na morte de muitos fetos em vários estágios de desenvolvimento, inclusive próximo ao nascimento. Também introduziria um risco elevado de crianças mal-formadas e mortes de crianças. Em seus primeiros experimentos, cerca de 60 por cento dos cordeiros clonados morreram logo depois do nascimento e muitos mostravam deformidades físicas. A clonagem é moralmente precária porque é arriscada sob o ponto de vista médico. A norma das Escrituras é evitar colocar vidas em risco indevido de dano ou morte, especialmente a vida dos vulneráveis. O mesmo princípio é reiterado no juramento médico de “não causar dano”. Proíbe uma decisão que resultaria em dezenas de natimortos, de crianças mal-formadas ou não-viáveis a fim de produzir uma criança sadia.
A Comissão Nacional de Aconselhamento Ético, designada pelo presidente dos Estados Unidos, decidiu que a clonagem humana é inaceitável no presente por motivos de segurança7. Seu julgamento foi baseado no estágio da tecnologia ainda com menos de dois anos. Recomendou uma moratória temporária, esperando plenamente que experimentos subseqüentes melhorem a proporção de sucesso. Uma proibição permanente seria o equivalente a proibir para sempre o uso público do avião depois do primeiro vôo no 14-Bis. Dolly e Cumulina representam marcos miliares numa longa série de avanços biológicos durante cinco décadas. O atual estágio de progresso requer que se reexamine a tecnologia a intervalos para determinar se amadureceu além do ponto de os benefícios superarem os riscos.
2. Liberdade e dignidade humanas. Os cristãos crêem que os seres humanos têm dignidade porque foram criados à imagem de Deus com a autonomia de “pensar e fazer”. A perspectiva de reprodução humana assexual freqüentemente evoca uma visão contrária e perturbadora — exércitos de zumbis desalmados seguindo os passos de seus progenitores. Nosso temor de cópias a carbono de humanos é poderoso, quase visceral. Deriva-se em parte de nossa tendência de equacionar aparência com identidade pessoal. No ano passado, um jornal reproduziu as respostas de adolescentes à perspectiva de clonagem humana. “Então as pessoas serão clonadas?”, disse um rapaz de 18 anos. “E como você vai saber se elas terão alma? Como saberá o que vem aí pela rua?”
Em contraste, temos pouca dificuldade em aceitar o fato de que gêmeos “idênticos” (monozigóticos) não são realmente idênticos. Desenvolvem personalidades e temperamentos distintos como conseqüência de suas diferentes escolhas, experiências e ambientes. A despeito dos genes idênticos, eles se tornam “almas” diferenciadas. Uma pessoa clonada amadureceria num indivíduo que é inteiramente distinto do doador nuclear pelas mesmas razões mas, adicionalmente, o clone teria uma “mãe” diferente, cresceria numa família diferente e viveria num tempo diferente do doador. Por conseguinte, a crença de que os clones de Albert Einstein ou Michael Jordan repetiriam as vidas de seus progenitores é totalmente sem fundamento. O bioeticista do Centro Hasting resumiu a questão sucintamente, quando observou: “Você não pode clonar um “eu”.8
Mesmo que os clones fossem indivíduos únicos, alguns podem limitar a expressão dessa unicidade. Pode você imaginar o clone de um pianista famoso a gastar horas no teclado com a exclusão de outras ocupações? Estariam algumas pessoas inclinadas a produzir clones para fins comerciais ou sacrificá-los para obter seus órgãos? Nossa opinião é que é moralmente indefensável criar clones para serem usados somente como fontes de órgãos transplantáveis, para exploração comercial ou como instrumentos subservientes. Deveríamos opor-nos fortemente à “modificação” ou “ligação genética” de seres humanos. A clonagem, como todas as tecnologias poderosas, pode ser um instrumento para o bem ou para o mal. Qualquer uso que minasse ou diminuísse a dignidade pessoal ou autonomia de seres humanos deve ser rejeitado.
3. Alívio para o sofrimento humano. A aplicação plena, criativa de nossas mentes e corpos para avançar o ministério benéfico de Cristo é um princípio fundamental da teologia adventista, que se expressa, em parte, em nossos programas mundiais de medicina e educação. Implícita na Grande Comissão está nossa responsabilidade de prevenir e aliviar o sofrimento com os meios à nossa disposição. A clonagem pode ser um instrumento poderoso de cura se permitir que evitemos a transmissão de enfermidades genéticas ou criemos tecidos de substituição e órgãos para reparos ou transplante. Retaugh Dumas, da Universidade de Michigan, expressou uma opinião que pode soar em uníssono com pessoas devotadas ao ministério da cura: “Eu poderia formular um argumento moral de que, se essas técnicas estão disponíveis e não as usamos, estamos em falta com a sociedade”.9
4. Salvaguarda para a estrutura familiar. Durante o anúncio de uma moratória para a clonagem, o presidente dos Estados Unidos expressou a preocupação de que ela tenha “o potencial de ameaçar os sagrados elos da família”. A imagem de crianças produzidas mecanicamente fora do círculo da família é de fato perturbadora. O plano de Deus é que as crianças sejam criadas dentro do contexto da família com a presença, participação e apoio de um pai e uma mãe. Visto que o transplante nuclear pode ser usado para obter a reprodução humana quando outros métodos são ineficazes, devia ser tentado somente dentro do quadro de um casamento fiel e com o apoio de uma família estável. Por essa razão, devem ser evitadas as complicações morais que surgiriam se uma terceira pessoa agisse como substituta para a gestação ou fosse a fonte de material genético.10 A clonagem poderia ser um recurso de última instância para casais que querem ter filhos, mas são incapazes de produzir células germinais normais. Em tais situações, o transplante nuclear serviria como forma avançada de reprodução assistida. Muitos têm proposto o caso hipotético de um casal cujo filho está morrendo, e que quer literalmente substituir a criança. Alguns considerariam isso uma aplicação apropriada de transplante nuclear.
5. Uso inteligente de recursos. Dados os desafios técnicos da clonagem, ela é dispendiosa e provavelmente continuará sendo assim por algum tempo. Um casal americano, por exemplo, pagou 2,3 milhões de dólares para que a Texas A&M University clonasse o seu querido cão Missy. Em sociedades democráticas, as pessoas têm a liberdade de gastar seu dinheiro de milhares de maneiras, inclusive maneiras tolas. Mas os cristãos são exortados a usar seus recursos de um modo que reflita mordomia responsável. Esse compromisso significa pôr o reino de Deus em primeiro lugar. E significa atenção, mesmo com sacrifício, às necessidades dos outros. Assim, os cristãos deveriam calcular as despesas e o custo da clonagem à luz da mordomia fiel.
6. Veracidade. As escrituras ensinam a valorizar a comunicação honesta e veraz. Quando novas tecnologias, como a clonagem, são desenvolvidas, não é fora do comum que alguns entusiastas exagerem os benefícios e subestimem os custos e os riscos. Por outro lado, é uma tentação, para os de opinião contrária, magnificar os riscos e representar mal os objetivos. Os cristãos têm a obrigação de compreender e promover a verdade.
7. Compreensão acerca da criação de Deus. Deus deseja que os seres humanos cresçam em sua apreciação da Criação. Nosso desejo de conhecer o corpo humano e o mecanismo do desenvolvimento humano não é diferente do impulso para investigar outros fenômenos naturais. Deveriam ser encorajados e apoiados os esforços para compreender o mundo ao nosso redor e dentro de nós por pesquisa ética, impulso esse implantado pelo Criador. Para aqueles que são sensíveis aos sinais da mão de Deus no mundo físico, tal conhecimento é evidência de Seu amor e poder.
Existe atualmente um acordo ético generalizado para que a clonagem humana não seja tentada. Os que estão a favor parecem ser poucos. As preocupações com a segurança por si sós deviam ser suficientes para excluir aplicações para humanos, por enquanto. Mas à medida que os biólogos acumulam mais experiência com a clonagem de animais, a técnica ficará mais eficiente e mais barata. As tentativas de clonagem de humanos poderão ser então esperadas.
Os cristãos têm agora uma oportunidade de refletir sobre as questões éticas que a clonagem humana apresenta e considerá-las no contexto de princípios bíblicos permanentes6. Fazer isso é um ato de fé e de maturidade moral.


Anthony J. Zuccarelli (Ph.D., California Institute of Technology) é biólogo molecular e diretor do Programa de Treinamento do Cientista Médico na Universidade de Loma Linda. Seu endereço: Departamento de Microbiologia e Genética Molecular, Loma Linda University; Loma Linda, Califórnia 92350; E.U.A. E-mail: azuccarelli@som.llu.edu


Gerald R. Winslow (Ph.D., Graduate Theological Union, Berkeley), é eticista e Decano da Faculdade de Religião na Universidade de Loma Linda. Seu endereço: Faculty of Religion; Griggs Hall, Loma Linda University; Loma Linda, Califórnia 92350; E.U.A. E-mail: gwinslow@ccmail.llu.edu


Referências
1. I. Wilmut, e outros, “Viable Offspring Derived from Fetal and Adult Mammalian Cells”, Nature 385 (1997), págs. 810-813.
2. D. Ashworth, e outros, “DNA Microsatellite Analisis of Dolly”, Nature 394 (1998), pág. 329.
3. E. N. Signer, e outros, “DNA Fingerprinting Dolly, Nature 394 (1998), págs. 329-330.
4. T. Wakayama, e outros, “Full-term Development of Mice From Enucleated Oocytes Injected With Cumulus Cell Nuclei”, Nature 394 (1998), págs. 369-374.
5. “Adult Cloning Marches on”, Nature 394 (1998), pág. 303.
6. “Human Clonig: A Seventh-day Adventist declaration of ethical principles”. Uma declaração votada pela Comissão da Compreensão Cristã da Vida Humana, março 22-24, 1998 e pela Comissão Administrativa da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Silver Spring, Maryland, 1998.
7. D. Shapiro, e outros, “Cloning Human Beings”. Relatório e Recomendações da National Bioethics Advisory Committee, junho, 1997. http: //bioeethics.gov/pubs.html
8. D. Lutz, “Hello, Hello, Dolly, Dolly”, The Sciences 37 (1997), págs. 10, 11.
9. G. Kolata, “Clinton’s Panel Backs Moratorium on Human Clones”, The New York Times (Maio 18, 1997).
10. “Considerations on Assisted Human Reproduction”. Declaração votada pela Comissão da Compreensão Cristã da Vida Humana, Abril 10-12, 1994 e pela Comissão Administrativa da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo-dia, Silver Spring, Maryland, 26 de julho de 1994.
2- Em grupo nesta semana reunir os códigos de ética e criar um em conjunto. Depois um representante de cada grupo dará um código e criaremos um código único da sala.